Israelita acusado de cuspir no embaixador polaco foi detido
Um israelita foi detido por ter cuspido no embaixador polaco em Israel, indicou hoje a polícia israelita, numa altura de tensão nas relações entre os dois países.
© Reuters
Mundo Polícia
O diplomata, Marek Magierowski, encontrava-se no seu carro na terça-feira quando um homem se aproximou e cuspiu sobre ele, disse um porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.
A imprensa israelita indicou que o incidente ocorreu durante o dia perto da embaixada da Polónia em Telavive.
O suspeito, um homem de 65 anos que vive em Herzliya, perto de Telavive, foi detido não muito longe da embaixada, adiantou o porta-voz. Deve ser presente ainda hoje a um juiz.
A embaixadora de Israel na Polónia, Anna Azari, foi convocada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em Varsóvia devido ao incidente, disse Ewa Suwara, porta-voz do ministério.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, condenou na rede social Twitter a agressão, que considerou "racista".
"Não devemos nunca tolerar a violência contra os diplomatas ou qualquer outro cidadão", disse.
Michal Dworczyk, chefe de gabinete de Morawiecki, disse que o governo polaco espera que o agressor seja punido.
O porta-voz dos Negócios Estrangeiros israelitas, Emmanuel Nahshon, expressou "a máxima simpatia pelo embaixador e o choque sentido face a esta agressão".
O incidente ocorre num período de crispação nas relações entre Israel e a Polónia. Varsóvia anunciou na segunda-feira ter anulado uma visita de responsáveis israelitas devido à sua intenção de levantarem a questão da restituição de bens judeus confiscados após o Holocausto, um dossier considerado fechado por Varsóvia.
Em fevereiro, o chefe da diplomacia israelita, Israel Katz, ofendeu Varsóvia declarando a uma emissora israelita que "os polacos sugam o antissemitismo com o leite da mãe", levando a Polónia a boicotar uma cimeira prevista para Jerusalém de quatro países da Europa de Leste.
O ano passado, as relações entre os dois países atravessaram uma crise séria após a aprovação de uma lei polaca, que acabou por ser emendada e que Israel e os Estados Unidos viam como uma tentativa de impedir os sobreviventes do Holocausto de evocarem os crimes dos polacos contra eles.
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