Quatro pessoas mortas em procissão religiosa no Burkina Faso
Quatro pessoas foram mortas no Burkina Faso, na segunda-feira, durante uma procissão religiosa em honra de Nossa Senhora, dias depois de um ataque a uma igreja ter feito seis mortos, entre os quais um padre.
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Mundo Ataque
"Ontem [segunda-feira], na arquidiocese de Ouahigouya [norte], indivíduos atacaram católicos, matando quatro pessoas, disse hoje o bispo Paul Oedraogo, presidente da Conferência Episcopal Burkina Faso-Níger, durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal da África Ocidental, que reuniu uma centena de bispos de 16 países em Ouagadougou.
Na segunda-feira "a [estátua da] Virgem saiu à rua para visitar a paróquia (...) na entrada da aldeia de Singa, um grupo de terroristas intercetou a procissão. Eles mataram quatro fiéis e queimaram a estátua", disse hoje um responsável pela comunicação da Catedral de Ouagadougou à agência France-Presse.
Segundo a Agência Nacional de Notícias do Burkina Faso (AIB), os atacantes interromperam a procissão.
"Eles deixaram os menores, executaram quatro adultos e destruíram a estátua da Virgem", referiu um cidadão local, citado pela AIB.
Na sexta-feira, seis pessoas, incluindo um padre, foram mortas durante um ataque a uma igreja católica em Dablo, uma cidade na província de Sanmatenga, no norte do Burkina Faso, disseram fontes locais e de segurança.
"Por volta das 09:00 [hora local], durante a missa, homens armados invadiram a igreja católica e começaram a disparar, enquanto os fiéis tentavam fugir", contou na altura o prefeito de Dablo, Ousmane Zongo, à agência de notícias francesa, AFP.
Os atacantes "conseguiram imobilizar alguns fiéis, mataram cinco pessoas e também o padre que celebrava a missa, elevando o número de mortos para seis", indicou.
Segundo uma fonte de segurança, o ataque foi realizado por um "grupo de homens armados, estimado entre vinte e trinta" elementos.
"Incendiaram a igreja, lojas e um pequeno restaurante, antes de irem ao centro de saúde onde revistaram as instalações e queimaram o veículo da enfermeira-chefe", relatou Zongo, acrescentando que na cidade "há um clima de pânico, as pessoas estão escondidas em casa, nenhuma atividade está a funcionar, as lojas estão fechadas: é praticamente uma cidade morta", descreveu.
O alerta foi dado por volta das 10:00 e os reforços foram enviados de Barsalogho, uma comunidade localizada a 45 quilómetros a sul de Dablo, confirmou à AFP uma fonte de segurança.
Os elementos das forças de defesa e segurança realizam buscas.
Este ataque acontece dois dias após a libertação, no norte do Burkina Faso, de quatro reféns, pelas forças especiais francesas.
O Burkina Faso tem sido confrontado nos últimos quatro anos com ataques cada vez mais frequentes e letais atribuídos a grupos terroristas, incluindo o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), e a Organização do Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).
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