Restaurante leva comida a casa de doentes graves (e sem cobrar)
Dona comoveu-se com um cliente com Sida que entrou no seu restaurante há 30 anos. Agora, aos 75 anos, gere uma empresa que já deu mais de um milhão de refeições.
© Reprodução CNN
Mundo Estados Unidos
Ruth Henricks, de 75 anos de idade, está à frente de uma organização não-lucrativa californiana que leva comida a casa de pessoas com doenças graves. E tudo por causa de um cliente com Sida que costumava frequentar o seu restaurante.
Scott entrou pela primeira vez no The Huddle, o seu restaurante, há 30 anos, mas Ruth lembra-se de tudo. “Ele era muito magro, parecia doente, e disse-me que tinha Sida”, lembrou, numa entrevista concedida à CNN.
Scott tornou-se num cliente habitual e a mulher pôde perceber que ele ia ficando cada vez mais fraco. Algumas vezes precisava de ajuda para comer e quando lhe perguntou como era em casa, ele respondeu que as únicas vezes que comia era ali, no seu restaurante.
“Lembro-me dele dizer, ‘Sra. Ruth, se eu não estiver aqui, não estou a comer’”, recordou.
Cerca de um ano e meio depois, Scott deixou de aparecer. “Se eu tivesse adivinhado, tinha-lhe pedido a morada ou o número de telefone. Podia ter-lhe levado comida”, adiantou. Ruth tentou encontrá-lo mas sem sucesso, confirmando-se, mais tarde, que tinha morrido.
A história com Scott foi a sua inspiração. Mesmo que já não o pudesse ajudar, Ruth lembrou-se que poderia ajudar outros que estivessem na mesma situação. Assim começou a Special Delivery San Diego, a empresa que leva comida a casa a pessoas que não possam sair de casa.
CNN Hero Ruth Henricks started delivering free meals to San Diego AIDS patients in the late 80's. Today, her non-profit @specialdsd has delivered more than 1 million meals, runs a food pantry and a diabetes program. Learn more and get involved: https://t.co/Kh9IuoafYS pic.twitter.com/ZjfzEugIEW
— CNN Heroes (@CNNHeroes) 12 de maio de 2019
Começou com uma equipa pequena de voluntários, alguns deles clientes do restaurante, que levavam comida preparada no restaurante a 75 pessoas por dia. Até 1996, eram só pessoas com Sida, mas depois expandiu o conceito a todas as pessoas que vivam com doenças crónicas, incluindo cancro ou doenças linfáticas.
Os doentes são sugeridos por assistentes sociais ou médicos e recebem três refeições por dia, cinco dias por semana. Hoje em dia, o grupo, que já conta com um espaço ao lado do restaurante, já levou comida a quase 6 mil pessoas e fez mais de um milhão de refeições.
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