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Guaidó apela a protestos diários nas ruas para mostrar determinação

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela apelou hoje aos venezuelanos para que continuem a protestar todos os dias porque a opção "é manter a pressão nas ruas, mostrando ao mundo" que são "um povo determinado e decidido a atingir liberdade".

Guaidó apela a protestos diários nas ruas para mostrar determinação
Notícias ao Minuto

18:07 - 11/05/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Falando perante milhares de manifestantes na Praça Alfredo Sadel, em Caracas, Juan Guaidó referiu-se a várias opções que estão em cima da mesa e disse que muitos lhe perguntam qual é a melhor opção.

"Eu digo que é a que gere a mudança mais rápida na Venezuela. Porque estamos numa crise profunda. Qual é a opção mais rápida para nós? É o fim do usurpador. Fora de Miraflores. Mas também sabemos que não vai ser voluntário. Porque vivemos uma ditadura", disse, deixando no ar a hipótese de intervenção externa.

"Nada substitui a pressão dos venezuelanos. Nada substitui o exercício dos cidadãos", afirmou Juan Guaidó, merecendo os aplausos da multidão.

Referiu-se a uma conversa tida com o Presidente colombiano, Ivan Duque, de que mais de 50% do grupo 'terrorista' ELN já estava no território venezuelano.

"Intervenção externa na Venezuela já existe com a presença da ELN no nosso território", disse.

"Falámos com o Presidente Ivan Duque. Acordámos em negociações diretas para evitar que se instale o terror na Venezuela. Duque conta com o presidente interino para vencer o terrorismo e sabemos que também contamos com a Colômbia", declarou.

Falou também da presença de militares cubanos na Venezuela sem autorização. "Porquê militares cubanos? Porque não confiam neles próprios", afirmou.

Duas horas depois da hora marcada para o início do protesto, Juan Guaidó chegou à praça Alfredo Sadel, em Caracas, com uma enchente de manifestantes.

Às 10h00 (hora local), a praça estava ainda vazia, mas aos poucos foi enchendo e acabou composta já pelas 12h00 locais (17h00 em Lisboa), mas longe de outros protestos muito mais participados nos últimos meses.

O protesto contou com muitos grupos pequenos representando vários locais do país e com muitas mensagens contra o regime de Maduro.

Guaidó falou de todos os problemas que afetam o país, dos "quatro milhões de venezuelanos que fugiram".

Referiu também as ameaças aos deputados e a dirigentes políticos da oposição "para mostrarem uma força que já não têm".

"Não é com cárceres, não é com reboques que nos vão travar", afirmou, numa referência à estranha prisão do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano.

"Vamos continuar nas ruas até atingirmos o objetivo", apelou.

Pelas 12h40 (hora local), o autoproclamado Presidente interino continua a discursar.

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