Guaidó apela a protestos diários nas ruas para mostrar determinação
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela apelou hoje aos venezuelanos para que continuem a protestar todos os dias porque a opção "é manter a pressão nas ruas, mostrando ao mundo" que são "um povo determinado e decidido a atingir liberdade".
© Reuters
Mundo Venezuela
Falando perante milhares de manifestantes na Praça Alfredo Sadel, em Caracas, Juan Guaidó referiu-se a várias opções que estão em cima da mesa e disse que muitos lhe perguntam qual é a melhor opção.
"Eu digo que é a que gere a mudança mais rápida na Venezuela. Porque estamos numa crise profunda. Qual é a opção mais rápida para nós? É o fim do usurpador. Fora de Miraflores. Mas também sabemos que não vai ser voluntário. Porque vivemos uma ditadura", disse, deixando no ar a hipótese de intervenção externa.
"Nada substitui a pressão dos venezuelanos. Nada substitui o exercício dos cidadãos", afirmou Juan Guaidó, merecendo os aplausos da multidão.
Referiu-se a uma conversa tida com o Presidente colombiano, Ivan Duque, de que mais de 50% do grupo 'terrorista' ELN já estava no território venezuelano.
"Intervenção externa na Venezuela já existe com a presença da ELN no nosso território", disse.
"Falámos com o Presidente Ivan Duque. Acordámos em negociações diretas para evitar que se instale o terror na Venezuela. Duque conta com o presidente interino para vencer o terrorismo e sabemos que também contamos com a Colômbia", declarou.
Falou também da presença de militares cubanos na Venezuela sem autorização. "Porquê militares cubanos? Porque não confiam neles próprios", afirmou.
Duas horas depois da hora marcada para o início do protesto, Juan Guaidó chegou à praça Alfredo Sadel, em Caracas, com uma enchente de manifestantes.
Às 10h00 (hora local), a praça estava ainda vazia, mas aos poucos foi enchendo e acabou composta já pelas 12h00 locais (17h00 em Lisboa), mas longe de outros protestos muito mais participados nos últimos meses.
O protesto contou com muitos grupos pequenos representando vários locais do país e com muitas mensagens contra o regime de Maduro.
Guaidó falou de todos os problemas que afetam o país, dos "quatro milhões de venezuelanos que fugiram".
Referiu também as ameaças aos deputados e a dirigentes políticos da oposição "para mostrarem uma força que já não têm".
"Não é com cárceres, não é com reboques que nos vão travar", afirmou, numa referência à estranha prisão do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano.
"Vamos continuar nas ruas até atingirmos o objetivo", apelou.
Pelas 12h40 (hora local), o autoproclamado Presidente interino continua a discursar.
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