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Ucrânia não vai reconhecer passaportes russos para regiões separatistas

A Ucrânia não vai reconhecer os passaportes russos concedidos a residentes nos seus territórios controlados por separatistas pró-russos, anunciou hoje o primeiro-ministro, Volodymyr Groïsman, comparando esses documentos com o livre-trânsito nazi.

Ucrânia não vai reconhecer passaportes russos para regiões separatistas
Notícias ao Minuto

13:00 - 08/05/19 por Lusa

Mundo PM

"Esses passaportes serão considerados ilegais" por uma resolução governamental que será tomada no final do dia, indicou Groïsman num Conselho de Ministros.

"Jamais iremos reconhecer qualquer cidadania concedida pelo país agressor. É como o Ausweis (documento de identificação) que a Alemanha nazi entregava a estas ou aquelas pessoas", acrescentou.

Os ucranianos com esses documentos não serão autorizados a atravessar a fronteira do país, alertou o primeiro-ministro Groïsman acrescentando que o mesmo tratamento será reservado aos russos que recebem os seus passaportes nos centros que entregam esses documentos aos habitantes das zonas separatistas ucranianas.

A Rússia, por intermédio do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, indicou que "continuará a emitir passaportes para os cidadãos que desejam e que são abrangidos pelo decreto presidencial".

Em 01 de maio, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou o decreto que visa a simplificação do acesso a cidadania russa pelos ucranianos, ignorando as preocupações de Kiev e de países ocidentais sobre o agravamento da crise entre a Ucrânia e a Rússia.

De acordo com a medida publicada, os cidadãos ucranianos podem obter o passaporte russo de várias maneiras, nomeadamente aqueles que já possuem autorização de residência na Rússia.

Esta decisão ocorreu uma semana após Putin ter dado o mesmo benefício aos moradores das áreas separatistas pró-russas de Donbass, na Ucrânia.

De acordo com o decreto, os passaportes russos podem ser solicitados por ucranianos com residência temporária em território russo, refugiados e aqueles que foram obrigados a deixar a Crimeia antes da anexação russa de março de 2014 e as suas famílias.

No dia 28 de abril, o Presidente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avisou que os ucranianos rejeitarão a oferta do homólogo russo de lhes conceder cidadania russa, e propôs por seu lado passaportes ucranianos para russos que sofrem do autoritarismo de Putin.

A União Europeia condenou imediatamente a primeira oferta de Putin de dar passaportes russos aos habitantes das regiões separatistas, acusando o Presidente russo de tentar "desestabilizar" a Ucrânia, neste período de transição presidencial.

As relações entre a Rússia e a Ucrânia estão tensas desde 2014, depois da anexação da Crimeia pela Rússia e com o apoio russo aos separatistas no leste da Ucrânia.

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