Mais de 150 mil deslocados devido a ataques no noroeste da Síria
Mais de 152 mil pessoas foram deslocadas em uma semana no noroeste da Síria na sequência dos ataques do Governo sírio e do seu aliado russo contra insurgentes na província de Idlib, anunciaram hoje as Nações Unidas.
© Reuters
Mundo ONU
Em declarações à agência de notícias France-Presse, o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitário (OCHA) David Swanson indicou que "só na semana passada, mais de 152 mil mulheres, crianças e homens foram deslocados".
Segundo um comunicado do OCHA, os deslocamentos ocorreram entre 29 de abril e 5 de maio.
"Estamos alarmados com os relatos de ataques aéreos em centros populacionais e infraestruturas civis, que fizeram centenas de mortos e feridos entre civis", referiu Swanson.
Ataques aéreos e disparos de artilharia do regime e do seu aliado russo visaram hoje o último grande bastião 'jihadista' da Síria, Idlib (noroeste), onde pelo menos 53 combatentes foram mortos desde segunda-feira.
Os confrontos têm sido dos mais sangrentos desde que Moscovo, aliado de Bashar al-Assad, e Ancara, apoiante de alguns grupos rebeldes, realizaram em setembro de 2018 um acordo sobre uma "zona desmilitarizada", que devia separar os territórios insurgentes das zonas governamentais e garantir uma suspensão das hostilidades.
Em comunicado, o OCHA lamentou que "entre 29 de abril e 06 de maio, pelo menos 12 instalações médicas foram atingidas por ataques aéreos (...) danificando infraestruturas que prestam serviços de saúde essenciais para mais de 100.000 pessoas".
"As informações sobre os ataques a instalações médicas na região refletem uma tendência preocupante, privando milhares de mulheres, crianças e homens de assistência médica vital", alertou David Swanson.
De acordo com a ONU, desde 28 de abril pelo menos sete hospitais ou centros médicos foram atingidos por bombardeamentos, assim como nove escolas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou na segunda-feira os beligerantes a protegerem os civis e pediu uma pacificação.
Desencadeada em 2011 devido à repressão violenta de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já causou mais de 370.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
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