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Mãe recorda homicídio da filha: "Ainda oiço os seus gritos"
Jovem morreu no Reino Unido, para onde tinha ido no âmbito de um intercâmbio escolar.
© Reprodução The Mirror
Mundo Alemanha
Janet, de 21 anos, desapareceu em março de 2015, apenas duas semanas depois ter saído de sua casa na Alemanha para um intercâmbio escolar na Universidade de Brighton, no Reino Unido.
O seu corpo viria a ser encontrado dentro da bagageira de um carro em Sussex e, um ano depois. Christopher Jeffrey-Shaw foi condenado a 17 anos de prisão pelo crime.
Quatro anos após a perda da sua filha, Ramon decidiu falar pela primeira vez como ainda hoje lida com a morte de Janet.
"Sei que tinha várias lesões na cabeça, e foi queimada viva, quando ainda respirava. Apenas desejo que não tenha sentido nada", afirmou a mulher ao programa 'From Missing Turns To Murder' do canal Crime+Investigation.
“Ainda não acredito que ela morreu. Todas as noites quando me deito ouço-a a gritar por mim antes de ter morrido", acrescenta.
Ramon afirma que ainda não sabe a verdade sobre o que aconteceu no dia em que a filha desapareceu.
Em tribunal, Cristopher afirmou que não sabia que o corpo da jovem estava no porta-bagagens e que incendiou a viatura por ordens de um traficante da droga. Uma teoria que não foi aceite pelo juiz responsável por julgar o caso.
Janet e a irmã Selina viajaram ambas para o Reino Unido para estudar, embora tenham ficado colocadas em universidades diferentes. À medida que Janet se aproximava do final do curso os pais começaram a mostrar preocupação com o seu estado de saúde mental. As preocupações intensificaram-se quando, um dia, a jovem ligou para casa afirmando que temia estar a ser perseguida. Adicionalmente, colegas contaram que esta andava estranha, percorria os corredores do alojamento estudantil nua e pedia ajuda frequentemente. Chegou até a ser internada após ter sido encontrada junto a uma linha de comboio com indícios suicidas.
A última vez que foi vista foi a entrar para o carro, onde mais tarde seria encontrada sem vida. Ninguém sabe, até hoje, qual a sua ligação com o suspeito do crime.
Entretanto, a sua irmã Selina decidiu regressar a casa onde começou a estudar psicologia para poder ajudar pessoas com doenças mentais. No entanto, nem mãe nem a irmã conseguem ainda lidar com a morte de Janet.
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