China diz que equipa prepara visita a EUA após Trump anunciar novas taxas
O Governo chinês disse hoje que uma delegação "está a preparar-se" para viajar para os Estados Unidos, visando retomar as negociações comerciais, após Donald Trump ter ameaçado com mais taxas alfandegárias sobre bens importados da China.
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Mundo Washington
Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, afirmou que Pequim está a "tentar obter mais informações", após o Presidente norte-americano ter anunciado, no domingo, que os EUA vão aumentar, de 10% para 25%, as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (178,4 mil milhões de euros) de bens oriundos da China.
Questionado sobre se o responsável máximo pelas negociações, o vice-primeiro-ministro Liu He, vai a Washington, como estava planeado, Geng disse apenas que uma "delegação chinesa" está a preparar-se para viajar.
Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.
Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
As negociações decorrem desde que, em dezembro passado, Washington e Pequim acordaram um período de tréguas, que foi entretanto prolongado, visando chegar a um acordo.
No domingo, o Presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu no Twitter que, "durante 10 meses a China pagou taxas alfandegárias aos Estados Unidos de 25% sobre 50 mil milhões de dólares [44,6 mil milhões de euros] de [bens] tecnológicos, e 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros bens", escreveu Trump no Twitter.
"Os 10% vão ser aumentados para 25% na sexta-feira", acrescentou.
O anuncio surge quando o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, se preparava para viajar para Washington para continuar as negociações.
Segundo o The Wall Street Journal, Pequim terá cancelado a ida de Liu.
As autoridades ou a imprensa oficial chinesa não fizeram, até à data, qualquer referência ao anuncio de Trump.
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