Nove mortos em ataque na Líbia reivindicado pelo Estado Islâmico

Nove pessoas foram hoje mortas num atentado reivindicado pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) contra um quartel no sul da Líbia controlado pelas forças apoiantes do marechal Khalifa Haftar.

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© Reuters

Lusa
04/05/2019 21:08 ‧ 04/05/2019 por Lusa

Mundo

Jihad

"A sede do centro de formação [militar] em Sebha foi alvo de um ataque terrorista ao início do dia perpetrado por elementos do EI, apoiados por grupos criminais e mercenários", disse à agência noticiosa AFP o presidente da autarquia local, Hamed al-Khayali.

"O ataque provocou nove mortos (...) incluindo alguns que foram degolados e outros mortos por balas", segundo referiu.

Um porta-voz do centro médico de Sebha (CMS), Oussama al-Wafi, confirmou este balanço à AFP.

O ataque foi reivindicado pelo EI num comunicado na rede Telegram.

"Os soldados do califado atacaram a sede do comando da região militar de Sebha sob controlo das milícias heréticas de Haftar. Todos os prisioneiros sequestrados na base foram libertados", era referido.

Sebha, capital da província do sul da Líbia situada a 650 quilómetros de Tripoli, é controlada pelo autoproclamado Exército nacional líbio (ENL), do marechal Khalifa Haftar, o homem forte do Leste que, em janeiro, desencadeou uma operação para "purgar o sul dos grupos terroristas e criminais".

O ENL apoderou-se de Sebha sem combates após ter obtido o acordo das tribos locais.

De seguida, Haftar lançou uma ofensiva em 04 de abril para conquistar Tripoli, a sede do Governo de Acordo Nacional (GAN) reconhecido pelas instâncias internacionais. As forças leais ao GNA e as do ENL confrontam-se na zona sul da capital e ainda a sul da capital líbia.

O ENL não comentou o ataque do EI.

Em comunicado, o GAN "condenou" o ataque e atribuiu a Haftar a "responsabilidade direta do reinício das atividades terroristas do EI (...) quando o GAN conseguiu eliminar esta organização".

A missão da ONU na Líbia (UNSMIL) também condenou em comunicado o ataque do EI que constitui "uma forte advertência a todos os líbios, e à comunidade internacional, que os grupos terroristas exploram qualquer oportunidade, incluindo os atuais combates em Tripoli, para alargar a sua presença na Líbia".

A missão "exorta todas as partes a evitarem a escalada militar e concentrarem os seus esforços no combate contra este inimigo comum".

 

 

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