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Espanha vai limitar atividades políticas de López na sua embaixada

O Governo espanhol disse hoje que "vai limitar" as atividades políticas do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que se encontra na residência do embaixador de Espanha na Venezuela.

Espanha vai limitar atividades políticas de López na sua embaixada
Notícias ao Minuto

13:59 - 03/05/19 por Lusa

Mundo MNE

"Espanha não vai permitir que a sua embaixada se transforme num centro de ativismo político", afirmou o ministro espanhol dos Assuntos Exteriores em funções, Josep Borrell, no Líbano, onde está em visita oficial.

Borrell recordou que, na quinta-feira, López reuniu-se com a imprensa na embaixada, sublinhando que, "a partir de agora, isso será restringido".

O chefe da diplomacia espanhola lembrou que, em função do direito internacional, a figura de "hóspede ou acolhido" da embaixada "implica naturalmente" uma limitação da sua atividade política.

"Temos confiança que, nestas condições, a Venezuela vai respeitar, naturalmente, a imunidade do território da embaixada de Espanha", acrescentou.

Borrell reiterou que Espanha "não entregará" López às autoridades venezuelanas, apesar de o Supremo Tribunal venezuelano ter dado ordem para o deter.

O ministro recordou que López está na embaixada na qualidade de "hóspede" e não pode solicitar asilo político, já que a legislação espanhola só permite fazê-lo a partir de território espanhol.

Josep Borrell também revelou que já falou sobre a situação de López com o governo de Nicolás Maduro, com quem mantém "uma relação cortês", apesar de Espanha ter reconhecido Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela emitiu na quinta-feira uma ordem de detenção de Lopez, que cumpria, desde 2014, uma condenação de 14 anos de prisão, embora se encontrasse em prisão domiciliária desde 2017.

Lopez foi libertado na terça-feira por um grupo de militares, depois de obter um "indulto presidencial" de Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido por mais de meia centena de países, sobretudo americanos e europeus.

Nesse dia, Guaidó pediu às Forças Armadas da Venezuela para cortar com o governo de Nicolás Maduro, mas só um pequeno grupo de militares participou no levantamento, que fracassou poucas horas depois.

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