Macedónia do Norte volta domingo às urnas para segunda volta das eleições
A Macedónia do Norte volta a ser convocada às urnas no domingo para uma previsível renhida segunda volta das presidenciais após um empate técnico entre os dois primeiros candidatos no escrutínio de 21 de abril.
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Mundo Presidenciais
Os eleitores, num país com 2,1 milhões de habitantes, vão eleger o sucessor do atual chefe de Estado, o conservador Gjorge Ivanov, que desempenha o cargo desde maio de 2009 e não pode repetir o mandato.
Nesta primeira votação, Stevo Pendarovski, o candidato social-democrata do partido no poder (SDSM) obteve 42,85%, face à candidata conservadora do principal partido da oposição (VMRO-DPMNE), que registou 42,25%, uma diferença de 4 mil votos de acordo com a comissão eleitoral.
O facto de nenhum dos candidatos ter alcançado a fasquia mínima exigida de 50% mais um dos votos expressos, prevista na lei eleitoral para legitimar um vencedor, implicou esta nova chamada às urnas.
O resultado de domingo deverá ser potencialmente determinado pelos votos recolhidos por Blerim Reka, o candidato apoiado por diversos partidos da importante minoria albanesa do país (25% da populaça), e que garantiu 10,57% dos sufrágios.
A votação de 21 de abril, após uma campanha em que a alteração do nome oficial do país para República da Macedónia do Norte foi tema central, registou a mais baixa taxa de participação (41,82%) de todas as presidenciais dos últimos 15 anos nesta ex-república jugoslava. Caso a taxa de participação não atingisse um mínimo de 40%, a primeira volta teria de ser repetida.
A Macedónia do Norte e a Grécia alcançaram um acordo em 2018 para terminar com quase três décadas de contencioso sobre o nome da Macedónia.
Os resultados de 21 de abril confirmaram a fratura política no país população após a assinatura do Acordo de Prespes sobre a alteração do nome, muito contestado nos dois países.
O presidente cessante macedónio foi o principal opositor deste acordo, tendo-se inclusive negado a assiná-lo, numa posição idêntica quando lhe foi apresentada a lei que forneceu ao albanês o estatuto de segunda língua oficial do país.
Por fim, o Acordo de Prespes acabou por ser legitimado pelos parlamentos dos dois países.
O Presidente eleito, com funções essencialmente protocolares, será o quinto desde a proclamação da independência em 1991, em plena desagregação da Jugoslávia federal.
O primeiro chefe de Estado foi Kiro Gligorov, entre 1991 e 1999; seguiram-se Boris Trajkovski (1999 a 2004), Branko Crvenkovski (2004 a 2009), e o atual titular, Gjorge Ivanov.
O Presidente da Macedónia do Norte é comandante em chefe das Forças Armadas, fornece o mandato para a formação de um novo governo, assina leis e acordos internacionais e designa embaixadores.
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