Maduro empregou "generais no ramo do petróleo e do tráfico de droga"
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional brasileiro, general Augusto Heleno, disse hoje que o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "comprou" os generais venezuelanos através de empregos no ramo do petróleo e tráfico de droga.
© Reuters
Mundo Bolsonaro
"Não é fácil tirar do poder alguém que é eleito sem legitimidade e resolveu aliciar os seus generais de forma totalmente inesperada, aqueles que mais deveriam defender o país. (...) Esses generais foram aliciados e comprados por cargos com um salário muito maior e influentes na economia, como o petróleo. (...) Empregou também muitos dos seus generais no tráfico de droga", afirmou o ministro, numa transmissão em direto na página do Facebook do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que estava ao lado do general.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional disse ainda acreditar que as pressões internacionais feitas a Maduro poderão ajudar os militares a "trazer a Venezuela de novo para o caminho da liberdade e da democracia".
O chefe de Estado brasileiro, por sua vez, declarou que "há uma fissura nas baixas patentes" do exército venezuelano e que a tendência é "essa fissura subir e atingir os altos escalões do generais", de forma a que estes deixem de apoiar o Governo de Maduro.
Bolsonaro acrescenta que a crise na Venezuela afeta a economia do Brasil, devido ao aumento do preço do petróleo.
"Deixo claro que o que acontece na Venezuela tem impacto na economia brasileira, porque se a oferta de petróleo cai no mercado internacional, a tendência é aumentar o preço. E se o preço aumentar, temos consequências aqui, no preço dos combustíveis no Brasil", frisou o governante no vídeo transmitido no Facebook.
O Presidente do Brasil comentou ainda a situação da Argentina, afirmando que também este país se pode transformar, também, "numa Venezuela", caso Cristina Kirchner volte ao poder.
"Em relação à Argentina, ninguém aqui se vai envolver em questões fora do país, mas eu como cidadão tenho a preocupação de que volte o Governo anterior, a Presidente anterior [Cristina Kirchner], que era ligada a Dilma, Lula [ambos ex-presidentes brasileiros], com a Venezuela de Maduro e de [Hugo] Chavéz, com Cuba. Se voltar, com toda a certeza, a Argentina vai entrar numa situação semelhante à da Venezuela", afirmou Jair Bolsonaro.
O autoproclamado Presidente venezuelano, Juan Guaidó, desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.
O regime de Maduro, que tem o apoio da Rússia, além de Cuba, Irão, Turquia e alguns outros países, ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado e não houve progressos na situação, aparentemente dominada pelo regime.
Guaidó, que tem estado na rua com a população, quer que Maduro abandone o poder e que o povo possa escolher os seus governantes, para sair da crise política e económica que já levou à imigração de mais de três milhões de pessoas desde 2015 e deixou o país às escuras, com falta de medicamentos e de alimentos e dificuldade de acesso a ajuda humanitária.
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