"Devemos quebrar o medo, devemos quebrar a vergonha, devemos quebrar o silêncio", realçou Christophe Castaner durante a instalação desta célula, que será liderada por um alto funcionário administrativo apoiado por um médico psiquiatra e um polícia.
O ministro do Interior pediu ainda que a célula seja uma "força de iniciativa" e que "observe o que é feito em países estrangeiros e em empresas privadas".
Desde o início do ano que 28 polícias, dois gendarmes e dois bombeiros suicidaram-se.
Segundo dados do Ministério do Interior, 68 diferentes efetivos de forças policiais cometeram suicídio, em 2018.
"Um em cada cinquenta franceses morre por suicídio. (...) É enorme, é assustador e merece que se torne uma causa nacional em todos os meios em especial num meio que tem perdas", afirmou o psiquiatra, Jean-Louis Terra.
"Quero salientar que o mundo da Polícia Nacional, a Gendarmerie é um dos poucos a contar as perdas, na verdade", acrescentou.
Um relatório do Senado emitido em 2018 destacou "uma taxa de suicídio superior à média nacional" entre os polícias, tendo em conta as especificidades (população masculina, mais jovem, com acesso a armas).
Recentemente, os sindicatos policiais alertaram contra o cansaço das forças de ordem que, desde meados de novembro, estão sob críticas pela sua gestão nas manifestações do movimento contestatário Coletes Amarelos.