Amnistia Internacional prepara-se para cortes e despedimentos
Teme-se que cortes afetem trabalho de organização empenhada em se opôr à tortura e pena de morte. Na origem da Amnistia Internacional está um exemplo português de repressão.
© Reprodução/Amnesty International
Mundo Londres
A Aministia Internacional, organização não governamental nascida em Londres em 1961, prepara-se para cortes. Cerca de 70 funcionários deverão sair, de forma voluntária ou por despedimento.
Explica o The Guardian que se teme que estes cortes no pessoal tenham impacto direto nos esforços de uma organização reconhecida mundialmente, e que se opõem à tortura e repressão.
"Somos independentes de qualquer ideologia, interesse económico ou religião. Nenhum governo está para lá do escrutínio. Nenhuma situação está para lá da esperança", apresenta-se a organização no seu site.
A Amnistia Internacional foi fundada Peter Benenson em 1961, como resposta aos inúmeros casos de repressão da liberdade, tortura e violência registados à volta do mundo. A organização especializou-se em investigar e divulgar precisamente casos de abusos por parte de estados.
Como inspiração para o nascimento do movimento esteve também a repressão que então se vivia em Portugal, país que em 1961 vivia sob a ditadura de Salazar, uma ditadura que durou 48 anos e cujo fim foi celebrado na última quinta-feira, por ocasião dos 45 anos do 25 de Abril.
O advogado Peter Benenson foi inspirado em particular pelo caso de dois estudantes portugueses que foram presos pelo regime salazarista por brindarem em público à liberdade. Na sequência do caso de que tomou conhecimento, Benenson publicou o artigo 'Os Prisioneiros Esquecidos' no jornal The Observer, estipulando aí as bases que viriam a estipular os objetivos da Amnistia Internacional.
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