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Tribunal recusa liberdade a moçambicanos indiciados de tráfico de chifres

Um tribunal sul-africano na província de Mpumalanga, fronteira com Moçambique, recusou hoje a liberdade sob fiança a dois cidadãos moçambicanos acusados de tráfico de chifre de rinoceronte, disse à Lusa fonte diplomática.

Tribunal recusa liberdade a moçambicanos indiciados de tráfico de chifres
Notícias ao Minuto

14:10 - 23/04/19 por Lusa

Mundo África do Sul

O cônsul de Moçambique em Nelspruit, Eugénio Langa, adiantou que o juiz do tribunal da magistratura de Belfast adiou para 30 de abril o julgamento de Alberto Ernesto Nharreluga, 46 anos, e o seu filho Ernesto Alberto Nharreluga, 26 anos, após comparência breve em tribunal hoje de manhã.

"Os dois cidadãos moçambicanos indiciados no tráfico de corno de rinoceronte foram presentes hoje ao tribunal de Belfast, o qual legalizou a sua detenção e recusou-lhes o pedido de caução", declarou Eugénio Langa, sem precisar o montante da caução.

"O julgamento foi adiado para o dia 30 de abril para permitir que a Polícia continue com as investigações", adiantou à Lusa o diplomata moçambicano.

Eugénio Langa disse depois que, segundo as autoridades sul-africanas, os dois homens "atuavam como correio" no transporte das pontas de rinoceronte apreendidas nos arredores de Belfast.

Os dois cidadãos moçambicanos foram detidos na quinta-feira entre as localidades de Wonderfontein e Alzu Petro Port, arredores da pequena cidade de Belfast, província de Mpumalanga, onde se situa o Parque Nacional Kruger, que faz fronteira com Moçambique, disse à Lusa o porta-voz da Polícia, Leonard Hlathi.

A pequena cidade de Belfast, popular destino túristico para a pesca à truta, dista cerca de 200 quilómetros do Parque Nacional Kruger, onde a vida selvagem, nomeadamente paquidermes e rinocerontes, tem sido alvo de intensa caça furtiva.

O porta-voz policial disse que os dois homens moçambicanos viajavam a caminho de Middelburg, na autoestrada N4, que liga Komatipoort (principal posto de fronteira entre a África do Sul e Moçambique no extremo sul do Parque Kruger) e Pretória, tendo como destino final Joanesburgo.

"Os indivíduos são residentes em Moçambique e as pontas de rinoceronte são do Parque Nacional Kruger e segundo as suas declarações as pontas destinavam-se a Joanesburgo", disse à Lusa Leornard Hlathi.

O porta-voz policial não precisou o peso e valor das pontas de rinoceronte na posse dos moçambicanos, acrescentando que dois dias antes haviam sido presas outras três pessoas, também por posse ilegal de pontas de rinoceronte em Komatipoort, na fronteira com Moçambique.

"Na terça-feira prendemos também outros três suspeitos com duas pontas de rinoceronte em Komatipoort e a carcaça do animal foi identificada como sendo de um rinoceronte abatido no Parque Nacional Kruger", declarou.

Leonard Hlathi precisou que o trio - dois homens de nacionalidade moçambicana residentes em Moçambique e uma mulher sul-africana, com idades entre os 21 e 37 anos, irão comparecer ainda hoje perante o tribunal administrativo de Komatipoort.

Além de posse ilegal de pontas de rinoceronte, o trio é ainda acusado de posse ilegal de uma arma de fogo e várias munições, afirmou à Lusa o porta-voz policial.

A África do Sul destacou recentemente um segundo batalhão de infantaria da Força de Defesa (SADF, sigla em inglês) para combater a criminalidade, contrabando e caça furtiva na fronteira com Moçambique.

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