"Confirmamos que os países árabes vão apoiar o orçamento do Estado palestiniano fornecendo-lhe uma rede de segurança financeira (...) para suportar a pressão política e financeira que enfrenta", indicou a Liga Árabe num comunicado divulgado no domingo à noite.
A 17 de fevereiro, após a violação e assassínio de uma israelita por um palestiniano, o governo de Israel anunciou que congelaria mensalmente cerca de 10 milhões de dólares (perto de nove milhões de euros) do dinheiro devido à Autoridade Palestiniana.
A soma é retirada do valor das taxas e impostos que Israel cobra aos produtos importados pelos palestinianos e que deve entregar regularmente à Autoridade, na sequência de acordos existentes.
Os cerca de 10 milhões de dólares representam apenas uma parte do dinheiro que deve ser entregue e correspondem, segundo o governo israelita, ao montante dos subsídios dados às famílias de palestinianos detidos ou mortos por terem realizado ataques anti-israelitas.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, participou na reunião extraordinária da Liga Árabe no domingo e reiterou a sua rejeição de um futuro plano de paz da administração norte-americana.
"Esse plano não conseguirá atingir uma paz duradoura e ampla no Médio Oriente", indica o comunicado da organização pan-árabe.
Os palestinianos afirmam que a administração do presidente Donald Trump é parcial a favor de Israel, o que desacredita os Estados Unidos como mediador.
Em 2018, os Estados Unidos cortaram mais de 500 milhões de dólares (440 milhões de euros) de ajuda, destinados à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), a diferentes programas de assistência ou, numa pequena parte, ao orçamento da Autoridade Palestiniana.
Os esforços para se conseguir um acordo de paz israelo-palestiniano estão num impasse desde 2014.