Subiu para mais de 150 o número de mortos no Sri Lanka após explosões
O número de vítimas mortais resultante das explosões em três igrejas e em três hotéis voltou a subir. São já mais de 150 mortos e mais de 400 feridos. Há um português entre as vítimas mortais, confirmou ao Notícias ao Minuto a cônsul de Portugal em Colombo.
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Mundo Atentado
Está a ser um Domingo de Páscoa sangrento no Sri Lanka. As explosões em três igrejas e três hotéis de luxo provocaram a morte, de acordo com o último balanço, a 156 pessoas, entre os quais 35 estrangeiros, sendo um português, anunciou fonte policial. No entanto, é expectável que o número de vítimas mortais volte a subir, dado elevado número de feridos.
Entre as vítimas mortais, há um cidadão português que se encontrava no hotel Kingsbury, um dos atingidos pelas explosões, uma informação avançada pela TSF e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto da cônsul de Portugal em Colombo.
Só numa das igrejas atingidas, a igreja de St. Sebastian, em Katuwapitiya, mais de 50 pessoas foram mortas.
As explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08h45 (03h15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.
A capital, Colombo, foi alvo de pelo menos quatro explosões, em três hotéis de luxo e numa igreja. Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra ao leste do país em Batticaloa. Entretanto, há notícia de uma sétima explosão num pequeno hotel, a 20 minutos de Colombo. Aqui terão morrido duas pessoas.
Blast heard from Dehiwala (Near Zoo) and smoke seems to be coming up on nearby building, not certain of what this is #lka #SriLanka pic.twitter.com/vwmGnkitqU
— Asela Waidyalankara (@aselawaid) April 21, 2019
2 dead in an explosion took place inside a small hotel in Dehiwela pic.twitter.com/wR5wMinueb
— Azzam Ameen (@AzzamAmeen) April 21, 2019
O ataque, que parece ter sido coordenado, ainda não foi reivindicado, mas um responsável de segurança do país referiu que se suspeita terem sido levados a cabo por bombistas suicidas.
Entretanto, começam a surgir imagens do interior de uma das igrejas atingidas.
Destruição no interior da igreja St. Sebastian © Reprodução/Sky Nwes
"Por favor, permaneçam calmos e dentro de vossas casas. Há muitas vítimas, incluindo estrangeiros", escreveu no Twitter o ministro para as Reformas Económicas e Distribuição Pública do país, Harsha de Silva.
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, condenou os ataques "cobardes" sobre o seu povo. "Peço a que todos permaneçam unidos", frisou, garantindo que o governo está a tomar medidas para conter esta situação.
I strongly condemn the cowardly attacks on our people today. I call upon all Sri Lankans during this tragic time to remain united and strong. Please avoid propagating unverified reports and speculation. The government is taking immediate steps to contain this situation.
— Ranil Wickremesinghe (@RW_UNP) April 21, 2019
Também o Presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, apelou à calma depois das explosões sentidas em três hotéis de luxo e três igrejas, onde muitos fiéis celebravam o Domingo de Páscoa.
"Por favor, permaneçam calmos e não sejais enganados por rumores", pediu Sirisena numa mensagem à nação, num país onde os confrontos têm sido frequentes no passado em reação a eventos violentos.
O presidente mostrava-se "em choque" e triste com o sucedido, esclarecendo que "investigações estão em andamento para descobrir que tipo de conspiração está por detrás destes atos cruéis".
Ataques contra minorias religiosas na ilha têm sido habituais no passado, o último em 2018, quando o Governo teve de declarar estado de emergência após confrontos entre muçulmanos e budistas cingaleses com dois mortos e dezenas de detidos.
No Sri Lanka a população cristã representa 7%, enquanto os budistas rondam 67%, os hindus são 15% e os muçulmanos 11%.
Atentados desta magnitude não tinham tido lugar no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o Governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009, e que deixou, de acordo com dados da ONU mais de 40.000 civis mortos.
[Notícia em atualização]
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