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Seis mortos e 35 feridos em bombardeamento no sul de Tripoli

Pelo menos seis pessoas morreram e 35 ficaram feridas na noite de terça-feira num bombardeamento das forças do marechal Khalifa Haftar contra um bairro do sul da capital da Líbia, Tripoli, indicou hoje a agência EFE.

Seis mortos e 35 feridos em bombardeamento no sul de Tripoli
Notícias ao Minuto

12:03 - 17/04/19 por Lusa

Mundo Líbia

Fontes de segurança próximas do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, disseram hoje à agência noticiosa espanhola EFE que o ataque ocorreu pouco antes da meia-noite, tendo aviões cedidos pelos Emirados Árabes Unidos e o Egito bombardeado "objetivos civis" a sul da capital.

"As vítimas são todas civis, foi um massacre", adiantaram.

A batalha pelo controlo de Tripoli foi lançada a 4 de abril pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio, através das forças que lhe são fieis do Exército Nacional Líbio (ENL).

Pelo menos 174 pessoas morreram e 758 ficaram feridas desde o início da ofensiva, segundo a ONU, que calcula em 18.000 o número de deslocados devido aos combates.

A comunidade internacional continua dividida sobre a ofensiva e um projeto de resolução do Reino Unido no Conselho de Segurança, pedindo um cessar-fogo e acesso humanitário às zonas de combate, não obteve a unanimidade, de acordo com diplomatas das Nações Unidas.

A Rússia, que bloqueou a semana passado um projeto de declaração do conselho pedindo ao ENL para suspender a ofensiva, continua a levantar objeções às referências criticando Haftar, disse um diplomata.

O chefe do Governo de Acordo Nacional, Fayez al-Sarraj, deslocou-se durante a noite ao local alvo do bombardeamento e denunciou "a selvajaria e a barbárie" do marechal Haftar, que qualifica como "criminoso de guerra".

Sarraj disse que hoje seriam apresentados "ao Tribunal Penal Internacional (TPI) todos os documentos por crimes de guerra e contra a humanidade", considerando ser "da responsabilidade jurídica e humanitária do Conselho de Segurança e da comunidade internacional responsabilizar aquele criminoso pelos seus atos".

O ENL desmentiu estar na origem do bombardeamento e denunciou "atos terroristas" por parte das "milícias terroristas que controlam a capital".

Na terça-feira, a procuradora do TPI, Fatou Bensoudau, advertiu que não hesitará em alargar as suas investigações sobre crimes de guerra e contra a humanidade na Líbia.

Haftar não quer ouvir falar de um cessar-fogo e Sarraj recusa qualquer processo político sem tréguas prévias e uma retirada para as linhas anteriores ao início da ofensiva.

"Posições irreconciliáveis", nota um diplomata citado pela agência France Presse.

Um outro indica que no Conselho de Segurança "todos querem evitar uma guerra civil longa, com muitas vítimas civis".

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