"A marcha vai [acontecer]", afirma a Unidade Nacional, numa carta pública, que apela à comunidade internacional "para instar o Governo da Nicarágua a não proibir a mobilização e a respeitar o direito fundamental e inalienável da liberdade de expressão e mobilização".
Segundo a Unidade Nacional, "desde abril do ano passado que o regime do [Presidente] Daniel Ortega mantém o país num Estado de exceção e rutura com toda a ordem constitucional".
A mobilização dos cidadãos está marcada para esta quarta-feira às 14:00 locais (21:00 em Lisboa), numa das principais avenidas de Manágua.
Na carta pública, a Unidade Nacional argumenta que a livre circulação é um direito estabelecido na Constituição da Nicarágua e fará uso dela, e refere-se à marcha como cívica e pacífica para exigir liberdade e justiça com democracia.
A Polícia da Nicarágua decidiu na terça-feira "não autorizar" essa mobilização, sob o argumento de que a Unidade Nacional Azul e Branca não tem personalidade jurídica.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) tem em implementação a Carta Democrática Interamericana, por rutura da ordem constitucional que, se executada, suspenderia a Nicarágua do organismo internacional.