Trump deu conselhos à Boeing, apesar do falhanço da sua companhia aérea
O presidente norte-americano sugeriu que a empresa alterasse o nome do modelo 737 MAX. Em 1989 lançou a Trump Shuttle, que apelidou como um "diamante no céu", mas a companhia aérea não esteve operacional sequer durante três anos.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
Ao seu estilo, Donald Trump deu esta segunda-feira alguns conselhos à Boeing a propósito dos problemas que a empresa tem enfrentado com o modelo 737 MAX, que esteve envolvido em dois acidentes trágicos que resultaram na morte de 346 pessoas.
“O que é que eu sei sobre branding? Talvez nada (mas eu tornei-me presidente!), mas se eu fosse a Boeing, eu iria ARRANJAR o Boeing 737 MAX, acrescentar algumas grandes características e dar um novo nome ao avião. Nenhum produto sofreu como este. Mas novamente, o que raio é que eu sei?”, afirmou o presidente no Twitter.
Mas o histórico de Trump no que toca a companhias aéreas não é positivo. Entre os negócios e investimentos falhados de Trump conta-se o da sua companhia aérea.
What do I know about branding, maybe nothing (but I did become President!), but if I were Boeing, I would FIX the Boeing 737 MAX, add some additional great features, & REBRAND the plane with a new name.No product has suffered like this one. But again, what the hell do I know?
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 15, 2019
Em 1989, o empresário pagou 365 milhões de dólares pela Eastern Airlines (cerca de 323 milhões de euros), que tinha falido. A frota de 21 aviões já tinha muitos anos, pelo que o valor pago pela operação foi exagerado, como admitiu a equipa de Trump, revela o Washington Post.
A Trump Shuttle foi lançada em 1989 e Trump apelidou-a de “diamante no céu”, mas dois meses depois um dos seus aparelhos foi forçado a aterrar de emergência quando o trem dianteiro não desceu. A partir daí o panorama só piorou para a companhia aérea.
O Business Insider adianta que, um ano e meio depois da aquisição da transportadora, a Trump Shuttle já somava perdas de 128 milhões de dólares (113 milhões de euros) devido à subida do preço do petróleo por causa da guerra no Golfo e a algumas excentricidades de Trump, que pagou um milhão de dólares (884 mil euros) para revestir cada avião com decorações de ouro.
Menos de três anos depois, o agora presidente vendeu a Trump Shuttle à USAir e o seu investimento numa companhia aérea não voou por muito tempo.
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