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ACNUR denuncia que crise política na Nicarágua fez 62 mil refugiados

Cerca de 62 mil pessoas abandonaram a Nicarágua durante o último ano devido à crise política e social que o país enfrenta, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

ACNUR denuncia que crise política na Nicarágua fez 62 mil refugiados
Notícias ao Minuto

14:59 - 16/04/19 por Lusa

Mundo ONU

"Neste fluxo muitos refugiados cruzaram irregularmente (a fronteira com a Costa Rica) para não serem detetados, muitas vezes caminhando horas a fio através de zonas complicadas", disse Elizabeth Throssell, porta-voz do ACNUR, numa conferência de imprensa em Genebra.

De acordo com o organismo, das cerca de 62 mil pessoas que saíram da Nicarágua em 2018, pelo menos 55.500 encontraram refúgio na Costa Rica.

"Inicialmente eram essencialmente adultos mas, agora também estão a fugir famílias inteiras com crianças", acrescentou a porta-voz, assinalando que muitos refugiados estão expostos a doenças como a malária.

O ACNUR elogiou os esforços da Costa Rica na receção dos refugiados, facilitando, nomeadamente, os trâmites burocráticos de asilo.

De acordo com as autoridades da Costa Rica, 20.500 nicaraguenses já solicitaram asilo ao governo de San José e 26 mil aguardam o início das formalidades.

O ACNUR destacou que entre os refugiados há estudantes, antigos funcionários públicos, políticos da oposição, jornalistas, médicos, ativistas de direitos humanos e agricultores.

Muitos refugiados necessitam de ajuda médica, apoio psicológico, alimentos e habitação.

"Sem uma solução política para a crise na Nicarágua as pessoas vão continuar a deixar o país", disse a responsável do ACNUR acrescentando que são precisos "mais fundos" para responder às necessidades humanitárias da "crise migratória".

Throssell disse ainda que outros organismos da ONU estão a estabelecer um plano para responderem ao problema e apoiarem o executivo da Costa Rica a fazer face às necessidades dos refugiados.

A crise política na Nicarágua já fez 325 mortos, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, mas as organizações de direitos humanos locais referem que morreram 568 pessoas.

Segundo o governo de Manágua morreram 199 pessoas na sequência de confrontos com as autoridades.

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