Brasil formaliza saída da União de Nações Sul-Americanas
O Governo brasileiro anunciou na segunda-feira a decisão de deixar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), quando estava previsto assumir a presidência temporária do bloco, depois da Bolívia.
© iStock
Mundo Unasul
"O Governo brasileiro denunciou nesta segunda-feira o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), formalizando a sua saída da organização. A decisão foi comunicada oficialmente ao Governo do Equador, país depositário do acordo, e surtirá efeitos transcorridos seis meses a contar da data de hoje", informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado.
Sete países da América do Sul criaram, em março, no Chile, um novo organismo de integração regional, o PROSUL, em defesa do mercado livre, em substituição da UNASUL.
Dos 12 países sul-americanos, sete aderiram imediatamente ao PROSUL: Chile, Colômbia, Brasil, Equador, Peru, Argentina e Paraguai. De fora ficaram a Bolívia, o Uruguai, a Guiana e o Suriname.
"Em 22 de março, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru assinaram um documento por meio do qual indicaram a sua vontade de constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (PROSUL), em substituição da UNASUL. O novo foro terá estrutura leve e flexível, com regras de funcionamento claras e mecanismo ágil de tomada de decisões", indicou, na nota agora divulgada, o Ministério brasileiro.
A Bolívia assumiu a presidência da UNASUL em 12 de abril de 2018 e um ano depois, de acordo com os regulamentos, entregou o posto ao Brasil, país que se seguia por ordem alfabética.
O anúncio do Brasil aconteceu poucos dias depois da Argentina e do Paraguai terem também anunciado a saída do fórum de integração regional.
No mesmo comunicado a diplomacia brasileira sublinhou que o PROSUL "terá a plena vigência da democracia e o respeito aos direitos humanos como requisitos essenciais para os seus membros".
A UNASUL, que tinha como objetivo impulsionar projetos regionais latino-americanos, foi fundada em 2008 e teve como um dos principais promotores o então Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A orgnização entrou num impasse a partir de 2017, quando não obteve consenso para eleger um novo secretário-geral, no fim do mandato no cargo do ex-Presidente colombiano Ernesto Samper.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com