Relatório Mueller sobre ingerência de Moscovo será divulgado quinta-feira
O relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a ingerência da Rússia nas presidenciais norte-americanas de 2016 e suspeitas de entrave à justiça pelo Presidente Donald Trump será divulgado na quinta-feira, indicou hoje o Ministério da Justiça.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
A publicação deste relatório de 400 páginas, numa versão expurgada dos seus dados confidenciais, ocorre mais de três semanas após a difusão pelo ministro da Justiça Bill Barr de um resumo de quatro páginas.
Na ocasião, em 24 de março, o ministro indicou que Mueller não tinha detetado qualquer prova de conluio entre a Rússia e o candidato republicano.
Numa referência às suspeitas de obstrução à justiça, Robert Mueller não emitiu uma conclusão definitiva.
"Se o relatório não conclui que o Presidente cometeu um crime, também não o iliba", escreveu, uma frase transcrita no resumo de Bill Barr.
No entanto, o Ministério da Justiça, primeiro destinatário este relatório, há muito aguardado após 22 meses de inquéritos, está confrontado desde a publicação do seu resumo com a pressão dos democratas que pretendem consultá-lo na totalidade.
Os democratas consideram que Bill Barr, nomeado por Donald Trump, poderá ter omitido a divulgação de vários aspetos do relatório do procurador especial que poderão ser prejudiciais ao Presidente republicano.
Em 09 de abril, o ministro revelou no decurso de uma audição no Congresso que o relatório seria difundido e meados de abril, e prometeu publicar "a maior parte possível", mas prevenindo que iria respeitar o quadro legal.
Esta disposição proíbe, na sua perspetiva, a divulgação de informações que poderão comprometer outros inquéritos, a identificação de fontes confidenciais ou atentados à reputação de atores "periféricos".
Este inquérito sobre a ingerência russa implicou o indiciamento de 34 pessoas, incluindo seis antigos conselheiros do Presidente norte-americano.
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