Malásia retoma projeto ferroviário chinês após diminuição de custos
O Governo da Malásia anunciou hoje que vai retomar um projeto de ligação ferroviária, financiado pela China, depois de o construtor chinês ter baixado os custos.
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Mundo Comboios
O acordo pôs fim a meses de impasse sobre a linha férrea da costa leste, de 668 quilómetros de comprimento, que liga a costa ocidental da Malásia aos estados rurais orientais, numa ligação essencial à iniciativa chinesa de construção de infraestruturas 'Uma Faixa, Uma Rota'.
O gabinete do primeiro-ministro malaio, Mahatir bin Mohamad, indicou que vai ser assinado um acordo suplementar com a companhia de construção de comunicações chinesa para retomar o projeto.
O orçamento para a construção das primeiras duas fases da ligação ferroviária é agora de 44 mil milhões de ringgits (9,5 mil milhões de euros), uma descida de um terço em relação ao custo inicial de 65,5 mil milhões de ringgits.
"Esta diminuição [dos custos] vai seguramente beneficiar a Malásia e aliviar o peso sobre as finanças do país", de acordo com a mesma nota.
Em agosto passado, Mahathir bin Mohamad cancelou também a construção de dois oleodutos, financiados pela China e avaliados em milhares de milhões de dólares, no final de uma visita oficial a Pequim, onde esperava renegociar os termos dos contratos, financiados por bancos estatais chineses.
Esta ligação férrea é parte fundamental da iniciativa chinesa, lançada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e que inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao período do Império Romano, e então percorridas por caravanas.
Construídos por empresas chinesas e financiados pelos bancos estatais da China, os projetos no âmbito daquela iniciativa estendem-se à Europa, Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
No entanto, o crescente endividamento dos países envolvidos relativamente a Pequim acarreta riscos. Exemplo disso, é o Sri Lanka, onde um porto de águas profundas construído por uma empresa estatal chinesa acabou por ser uma despesa incomportável para o país, que teve de entregar a concessão da infraestrutura, e dos terrenos próximos, à China por um período de 99 anos.
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