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Assange "não terá tratamento especial", diz primeiro-ministro australiano

Julian Assange foi detido esta quinta-feira na embaixada do Equador em Londres, onde vivia asilado há quase sete anos.

Assange "não terá tratamento especial", diz primeiro-ministro australiano
Notícias ao Minuto

07:50 - 12/04/19 por Sara Gouveia

Mundo WikiLeaks

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, garantiu que o fundador do WikiLeaks não vai receber "tratamento especial" na sequência da sua detenção e potencial extradição para os Estados Unidos. Em declarações à Australian Broadcasting Corporation, na quinta-feira, Morrison deu conta que Julian Assange vai receber o mesmo tipo de apoio consular que recebem os outros cidadãos australianos.

"Quando os australianos viajam para o estrangeiro e têm problemas com a lei, enfrentam os sistemas judiciais desses países, não interessa que crime particular é que cometeram", explicou o primeiro-ministro, acrescentando que "é a forma como o sistema funciona".

"O sr. Assange vai receber o mesmo tipo de apoio que qualquer outro australiano receberia... não lhe vai ser dado qualquer tipo de tratamento especial", reforçou.

Recorde-se que Julian Assange foi detido pela polícia britânica na manhã desta quinta-feira na embaixada equatoriana, onde tinha estado asilado durante quase sete anos. Após a sua detenção, o fundador do WikiLeaks foi presente a tribunal em Londres e considerado culpado pela justiça britânica de infringir as condições da liberdade condicional em 2012.

As autoridades norte-americanas acusaram Assange de ter conspirado para piratear informação norte-americana classificada. Na quinta-feira, os Estados Unidos emitiram um pedido de extradição relacionado com as atividades de Assange com a antiga analista do Exército, Chelsea Manning, que foi condenada em 2013 por ter divulgado documentos secretos para o WikiLeaks.

Antes de ter procurado asilo na embaixada, Assange enfrentava alegações de agressão sexual na Suécia. Durante anos recusou por os pés fora da embaixada por receio de ser detido, esta quinta-feira, o Equador revogou o seu asilo político, com o presidente equatoriano Lenín Moreno a explicar que a paciência do país "atingiu o limite".

A 2 de maio, Assange vai ser presente a tribunal via vídeo para responder pelo pedido de extradição.

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