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Brexit: Negociações têm sido sérias, mas May "tem que fazer cedências"

As negociações com o Governo britânico têm sido sérias, detalhadas e construtivas, mas este precisa de fazer cedências para o partido Trabalhista aceitar um acordo para o Brexit, avisou hoje o líder da oposição, Jeremy Corbyn.

Brexit: Negociações têm sido sérias, mas May "tem que fazer cedências"

© Reuters

Lusa
11/04/2019 15:43 ‧ há 6 anos por Lusa

"As conversas que se realizam entre a oposição e o Governo são sérias, detalhadas e estão em curso, e saúdo o empenhamento construtivo até agora", afirmou, no parlamento, após uma intervenção da primeira-ministra, Theresa May.

Corbyn aplaudiu também sinais do Governo para mudar algumas questões que levaram à rejeição do Acordo de Saída pelo partido Trabalhista.

Porém, alertou que, "para estas conversas serem um sucesso, resultando num acordo que possa unir o país de novo, o Governo terá que fazer cedências".

Corbyn reiterou a proposta de negociar uma união aduaneira com a União Europeia (UE), apesar de esta ser criticada por membros do Governo e por May por não permitir que o país possa prosseguir uma política comercial independente.

Quer também garantias de que o acordo que for alcançado não será modificado por um potencial sucesso de Theresa May, que já disse que iria abandonar funções no Governo e na liderança do partido Conservador após a ratificação do documento.

"O Labour vai continuar a colaborar construtivamente nas negociações porque respeitamos o resultado do referendo e estamos empenhados na defesa de empregos, indústria e níveis de vida através de uma estreita relação económica com a UE e garantindo comércio sem atritos. Se isso não for possível, acreditamos que todas as opções devem permanecer na mesa, incluindo a opção de um voto público", salientou.

Na sua declaração para atualizar os deputados sobre as conclusões do Conselho Europeu, que aceitou o adiamento do Brexit até 31 de outubro, May defendeu acelerar o ritmo das negociações com o partido rival, antecipando a dificuldade de encontrar um consenso.

"Este não é o caminho normal da política britânica - e é desconfortável para muitos, tanto no Governo quanto nos partidos da oposição. Chegar a um acordo não será fácil, porque, para ter sucesso, será necessário que ambos os lados façam cedências", vincou.

A primeira-ministra disse que, se tal não for possível, pretende chegar a acordo sobre um pequeno número de opções para as relações futuras com a UE para serem submetidos numa série de votos no parlamento.

May propôs também avançar com a discussão da proposta de lei para a saída da UE, a qual só pode entrar em vigor se um acordo for aprovado, para acelerar o processo, que normalmente demora várias semanas.

"A minha ambição e objetivo ainda é [sair da UE] sem realizar as eleições para o Parlamento Europeu", agendadas para 23 a 26 de maio, reiterou aos deputados.

A saída britânica da UE pode ocorrer antes de 31 de outubro se um acordo de saída for entretanto ratificado, ocorrendo "no primeiro dia do mês seguinte à conclusão dos procedimentos de ratificação ou em 01 de novembro de 2019, consoante a data que ocorrer primeiro", referem as conclusões divulgadas esta madrugada.

 

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