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Assange "não será extraditado para país com pena de morte"

O Presidente equatoriano, Lenin Moreno, disse hoje que Julian Assange, fundador do WikiLeaks, "não será extraditado para um país onde possa enfrentar a pena de morte".

Assange "não será extraditado para país com pena de morte"
Notícias ao Minuto

12:45 - 11/04/19 por Lusa

Mundo PR equatoriano

"Eu pedi à Grã-Bretanha a garantia de que Assange não será extraditado para um país onde poderia ser torturado ou condenado à morte. O Governo britânico confirmou-me isso por escrito", declarou Presidente Moreno numa mensagem, acompanhada de um vídeo de três minutos, na rede social Twitter.

Segundo Moreno, o "Equador decidiu de maneira soberana retirar o asilo diplomático a Julian Assange por violar repetidamente as convenções internacionais e o protocolo de coabitação".

"Durante seis anos e 10 meses, o povo do Equador garantiu os direitos humanos de Assange e cobriu as suas necessidades diárias nas instalações de nossa embaixada em Londres", declarou Moreno, acrescentando que o "Equador cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força do direito internacional".

Mas "a paciência do Equador chegou ao limite", acrescentou, citando as "repetidas violações" de Julian Assange, entre as quais a violação da "não intervenção nas relações entre Estados".

Desde que Lenin Moreno chegou ao poder, em maio de 2017, o tratamento dado a Julian Assange mudou.

O atual Presidente analisou quase todas as políticas do seu antecessor, Rafael Correa, incluindo a sua posição crítica em relação aos Estados Unido, e acusou o fundador do WikiLeaks de interferir nos assuntos internos do Equador.

O Presidente Moreno, que o chamou de "pedra no sapato" da diplomacia equatoriana", cortou temporariamente as suas telecomunicações em 2018.

Assange refugiou-se na embaixada equatoriana na capital britânica em 2012 para evitar a extradição para a Suécia, que solicitou que o fundador do Wikileaks se entregasse por supostos crimes sexuais, um processo que, entretanto, prescreveu.

O Governo britânico agradeceu às autoridades do Equador por facilitarem a detenção, hoje, do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada daquele país em Londres.

"É absolutamente apropriado que Assange enfrente a justiça de forma adequada no Reino Unido. Cabe aos tribunais decidir o que acontece a seguir. Estamos muito gratos ao Governo do Equador, sob o Presidente Moreno, pela ação que eles tomaram", disse o secretário de Estado para a Europa e Américas, Alan Duncan, num comunicado.

Duncan disse que a detenção de Assange esta manhã pela polícia britânica no interior da embaixada do Equador em Londres, onde se encontrava há sete anos, foi o resultado de "um extenso diálogo entre os dois países".

Num comunicado, a polícia indicou que executou um mandado de detenção emitido em 2012 após o Equador ter retirado o direito de asilo ao australiano de 47 anos.

Em 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 90.000 documentos confidenciais relacionados com ações militares dos EUA no Afeganistão e cerca de 400.000 documentos secretos sobre a guerra no Iraque. Naquele mesmo ano foram tornados públicos cerca de 250.000 telegramas diplomáticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que embaraçou Washington.

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