Tribunal brasileiro anula mandato de senadora do partido de Bolsonaro
Um tribunal do Brasil decidiu hoje anular o mandato da senadora Selma Arruda, do Partido Social Liberal (PSL), do Presidente Jair Bolsonaro, por irregularidades nas contas de campanha, numa decisão passível de recurso.
Mundo Brasil
A decisão, que para entrar em vigor deverá ainda ser ratificada por uma instância superior, foi decretada pelo tribunal regional do Estado do Mato Grosso e inclui também o suplente da senadora, Gilberto Possamai, segundo a Agência Brasil.
O órgão eleitoral acusa a senadora de "abuso de poder económico" e de uso indevido de verbas ao não declarar cerca de um milhão de reais (cerca de 230 mil euros) na contabilidade da campanha para as eleições de outubro.
De acordo com as investigações, o suplente da senadora teria pagado com cheques alguns gastos de campanha que não foram declarados à Justiça Eleitoral.
Além de anular o mandato, o tribunal de Mato Grosso condenou a senadora e o seu suplente a oito anos de inabilitação e recomendou a realização de novas eleições para aquele lugar no senado.
Reagindo à decisão, Selma Arruda disse estar tranquila e anunciou que vai recorrer da decisão.
"Respeito a justiça e exatamente por esse motivo vou recorrer a instâncias superiores para provar a minha boa-fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população de Mato Grosso serão respeitados", disse.
Selma Arruda é juíza jubilada e foi eleita senadora pelo estado de Mato Grosso, Centro-oeste do Brasil, com 24,65 % dos votos nas eleições de outubro passado.
É militante do PSL, partido minoritário no Brasil, mas que nas últimas eleições conseguiu eleger Presidente do Brasil o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que cumpriu na quarta-feira 100 dias de Governo.
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