Quase 100 talibãs e 12 elementos da segurança afegã mortos em 48 horas
Pelo menos 99 talibãs e 12 membros das forças de segurança afegãs morreram nas últimas 48 horas durante confrontos pelo controlo de parte da província de Badghis, a oeste do Afeganistão, informaram hoje fontes oficiais.
© Reuters
Mundo Afeganistão
As mortes aconteceram durante uma ofensiva iniciada no sábado pelas forças afegãs para obrigar os talibãs a recuar no distrito de Bala-Murghad, adiantou o ministério da Defesa, em comunicado.
"Infelizmente, oito membros do exército e quatro polícias morreram no contra-ataque", enquanto 34 agentes foram feridos, acrescentou o ministério numa declaração escrita, na qual admitiu que os confrontos ainda não estão concluídos.
O ministério assegurou, no entanto, que, na operação lançada em conjunto pelo exército afegão, as forças especiais da polícia, o serviço de informações NDS e a Força Aérea abateram 99 talibãs, tendo ferido outros 25.
A atuação das forças governamentais aconteceu depois de, na quinta-feira passada, talibãs terem atacado vários postos de segurança em Bala-Murghab, ganhando controlo de vários pontos.
Os soldados afegãos viram-se obrigados a abandonar a zona para evitar vítimas civis, já que os talibãs se entrincheiraram no interior de algumas casas, de acordo com a versão das autoridades.
O porta-voz do governador de Badghis, Jamshid Shohabi, indicou à agência de notícias espanhola Efe que as mortes causadas entre os insurgentes aconteceram devido aos ataques aéreos das forças afegãs e estrangeiras.
"Os talibãs estão agora a abandonar a área e algumas zonas já foram recuperadas pelas forças afegãs", disse.
O distrito de Bala-Murghab é uma zona estratégica tanto para as forças governamentais como para os talibãs, já que faz fronteira com o vizinho Turquemenistão e serve como passagem entre as províncias do oeste e noroeste do país.
Atualmente, o Governo afegão controla cerca de 55% do território do Afeganistão e os talibãs dominam quase 11%, enquanto o resto do território está em disputa, de acordo com dados do Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR), do Congresso dos Estados Unidos.
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