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Líbia: UE apela ao cumprimento de trégua humanitária em Tripoli

A chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, apelou hoje ao respeito pela trégua humanitária na Líbia, de modo a que seja possível a retirada de civis e feridos de Tripoli, alvo de uma ofensiva militar.

Líbia: UE apela ao cumprimento de trégua humanitária em Tripoli
Notícias ao Minuto

12:50 - 08/04/19 por Lusa

Mundo Mogherini

Em declarações à entrada para um conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo, a Alta Representante para a Política Externa apontou que a reunião teria precisamente início com um ponto que não estava formalmente na agenda, mas que era impossível ignorar, "face à situação cada vez mais preocupante na Líbia".

"Falei hoje de manhã com o enviado especial da ONU (para a Líbia), Ghassan Salamé, e penso que a primeira mensagem que temos de passar, unidos, é a plena implementação da trégua humanitária, para permitir que os civis e os feridos sejam retirados da cidade (Tripoli), evitar mais ações militares e uma escalada militar, e o regresso às negociações políticas", declarou.

Considerando que "o grande desafio que se coloca agora" ao país é conseguir que "as diferentes fações e líderes da Líbia esqueçam os seus interesses pessoais e sirvam o povo líbio, que quer virar a página", Mogherini disse ter a "impressão pessoal de que os líbios não necessitam de mais lutas entre si", apelando por isso à via do diálogo político.

Pelo menos 32 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas desde o início da ofensiva do marechal Haftar contra a capital líbia na passada quinta-feira, revela um novo balanço do Ministério da Saúde do Governo de União Nacional.

Um país rico em petróleo, a Líbia ficou dilacerada após a queda do Presidente Muammar Kadhafi em 2011, que gerou múltiplos conflitos internos, o mais recente dos quais uma ofensiva lançada contra a capital pelo Exército Nacional da Líbia, liderado pelo marechal Khalifa Haftar.

Pelo menos 32 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas desde o início da ofensiva do marechal Haftar contra a capital líbia na quinta-feira, revela um novo balanço hoje divulgado pelo Ministério da Saúde do Governo de União Nacional.

Violentos combates nas proximidades de Trípoli opuseram no domingo as forças paramilitares do marechal Haftar, que quer conquistar a capital, e as tropas do Governo de União Nacional, administração líbia que é reconhecida pela comunidade internacional.

Os Estados Unidos pediram, entretanto, "um cessar imediato" da ofensiva do marechal Haftar, mas as grandes potências não conseguiram ainda concordar com a Organização das Nações Unidas (ONU) uma posição comum sobre a crise na Líbia.

A ofensiva lançada na quinta-feira pelas forças do marechal Haftar, homem forte no leste do país que quer tomar Trípoli e estender seu domínio no oeste, marca uma clara degradação entre as duas principais entidades que lutam pelo poder no país.

A missão da ONU na Líbia (Manul) lançou um "apelo urgente" para uma trégua de duas horas no subúrbio de Trípoli, no sul do país, para permitir a retirada de feridos e civis diante da escalada militar, que ainda não teve lugar.

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