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ONU mantém conferência na Líbia este mês para tentar estabilizar situação

O enviado das Nações Unidas à Líbia, Ghassan Salamé, afirmou hoje que a conferência prevista em abril no país será mantida, apesar dos combates desencadeados em torno da capital.

ONU mantém conferência na Líbia este mês para tentar estabilizar situação
Notícias ao Minuto

14:42 - 06/04/19 por Lusa

Mundo África

"Estamos determinados a organizar" a conferência "na data prevista", entre 14 e 16 de abril, "a menos que circunstâncias maiores" o impeça, declarou Ghassan Salamé numa conferência de imprensa em Tripoli.

A conferência terá como objetivo abrir caminho para uma possível solução política e tentar definir uma data para a realização de eleições parlamentares e presidenciais na Líbia.

No final desta semana, as forças leais ao marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país, lançaram uma ofensiva para tentar tomar Tripoli.

A conferência a ser realizada sob a égide da ONU, em Ghadames, no oeste da Líbia, tem como um dos objetivos elaborar um "roteiro" para retirar o país do caos e da crise política e económica em que está desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.

"As Nações Unidas continuarão do lado do povo líbio e vamos continuar a trabalhar para garantir o sucesso do processo político", acrescentou Ghassan Salame.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, terminou na sexta-feira uma visita à Líbia, afirmando que deixou o país com "o coração pesado e uma profunda preocupação".

"Deixo a Líbia com uma profunda preocupação e o coração pesado", afirmou Guterres pouco depois de um encontro com o marechal Khalifa Haftar, o homem forte da fação que controla o leste da Líbia, e que disputa o poder do país.

Na Líbia, país imerso num caos político e securitário há vários anos, duas autoridades disputam o poder: um governo de união nacional líbio, estabelecido em 2015 em Tripoli, que é reconhecido pela comunidade internacional (incluindo pelas Nações Unidas) e que tem o apoio de milícias, e uma autoridade paralela que exerce o poder no leste do país, com o apoio do marechal Haftar, um militar dissidente do regime de Muammar Kadhafi, que caiu em 2011.

Guterres tinha chegado na quarta-feira à Líbia, numa visita surpresa.

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