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HRW pede proteção de civis e respeito por leis da guerra na Líbia

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) apelou hoje às forças que participam nos combates em torno da capital da Líbia, Trípoli, para que tomem as medidas necessárias para minimizar danos civis e respeitar as leis de guerra.

HRW pede proteção de civis e respeito por leis da guerra na Líbia
Notícias ao Minuto

11:39 - 06/04/19 por Lusa

Mundo Conflito

A ONG, em comunicado hoje divulgado, afirma que os combatentes liderados pelo general Khalifa Haftar, conhecido como o Exército Nacional da Líbia (LNA), têm um "histórico bem documentado de ataques indiscriminados contra civis, execuções sumárias de combatentes capturados e detenções arbitrárias" e que as milícias afiliadas ao Governo do Acordo Nacional (GNA), apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), e com sede no oeste da Líbia, "também têm um histórico de abusos".

"Sempre que as forças armadas rivais se chocam em cidades líbias, são os civis que mais sofrem", afirma no comunicado diretora da ONG para o Médio Oriente e Norte da África, Sarah Leah Whitson, defendendo que "todos os lados precisam de respeitar" as leis da guerra e "minimizar os danos" civis.

Em 4 de abril de 2019, as forças do LNA avançaram entre 30 a 40 quilómetros para o interior de Trípoli, com o objetivo de tomar a capital, segundo noticiou a imprensa, enquanto a parte ocidental da Líbia, incluindo Trípoli, continua dominada pela GNA.

O Conselho de Segurança da ONU sublinhou na sexta-feira a obrigação, ao abrigo do direito internacional, de proteger os civis e o pessoal da ONU, pedindo a suspensão dos movimentos militares das forças do comandante Khalifa Haftar e lembrando que "não pode haver solução militar para o conflito" e que vai "responsabilizar os responsáveis por mais conflitos".

Os membros do Conselho de Segurança reiteraram o apoio ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que deixou a Líbia na sexta-feira, depois de se ter encontrado com Haftar, e "pediu a todas as partes que retomem o diálogo e cumpram seus compromissos de se envolver construtivamente com o processo político da ONU".

Também na sexta-feira, em Dinard, França, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo (G7) apelaram à cessação "imediata" de "todos os movimentos militares em direção a Tripoli".

"Exortamos todas as partes a cessar imediatamente todas as atividades e todos os movimentos militares em direção a Tripoli, que representam um travão aos processos políticos levados a cabo pelas Nações Unidas, colocam civis em perigo e prolongam o sofrimento do povo líbio", defendem os sete ministros, reunidos em Dinard (nordeste da França), numa declaração conjunta divulgada em comunicado.

Na Líbia, país imerso num caos político e securitário há vários anos, duas autoridades disputam o poder: um governo de união nacional líbio, estabelecido em 2015 em Tripoli, que é reconhecido pela comunidade internacional (incluindo pelas Nações Unidas) e que tem o apoio de milícias, e uma autoridade paralela que exerce o poder no leste do país, com o apoio do marechal Haftar, um militar dissidente do regime de Muammar Kadhafi, que caiu em 2011.

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