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Líder de partido da oposição na Tailândia acusado de sedição

O líder de um novo partido político tailandês que ficou em terceiro nas eleições de março apresentou-se hoje numa esquadra da polícia para ouvir a acusação do crime sedição feita pela junta militar que está no governo.

Líder de partido da oposição na Tailândia acusado de sedição
Notícias ao Minuto

06:44 - 06/04/19 por Lusa

Mundo Ásia

Thanathorn Juangroongruangkit foi saudado por cerca de 400 apoiantes que gritaram "Continua a lutar, Thanathorn!" quando chegou à esquadra de Pathumwan, na capital tailandesa, depois de ter sido intimado pela polícia na sequência de uma queixa de sedição e assistência a criminosos apresentada por um responsável da junta militar.

O crime prevê uma condenação máxima de prisão até nove anos.

Thanathorn disse no início desta semana que a ação contra ele é politicamente motivada e era expectável.

O vice-chefe de polícia, general Srivara Ransibrahmanakul, disse na quarta-feira que as acusações contra Thanathorn tiveram origem no seu papel numa manifestação estudantil em 24 de junho de 2015 e justificou o facto do processo ter estado parado devido a várias mudanças nos cargos dos oficiais responsáveis.

A Tailândia tem sido governada por um Governo militar desde o golpe de Estado em 2014 e a junta tem mantido uma forte pressão sobre possíveis dissidentes.

Uma série de acusações criminais foram realizadas contra os críticos. Alguns foram detidos durante semanas e sujeitos a sessões de "ajuste de atitude" em bases militares.

O líder da junta que promoveu o golpe de Estado, Prayuth Chan-ocha, tornou-se chefe e primeiro-ministro da junta e agora procura liderar o próximo Governo, já que o partido que apoia a sua recondução ganhou a votação popular, segundo resultados preliminares das eleições de 24 de março.

A Comissão Eleitoral da Tailândia anunciou na quinta-feira que vai repetir a votação em seis assembleias de voto em cinco distritos do país depois de terem sido detetadas diferenças entre o número de votos e o número de eleitores, nas legislativas de 24 de março.

As situações irregulares ocorreram em duas assembleias de voto da província de Lampang assim como numa assembleia de voto em cada uma das províncias de Yasothorn, Phetchabun, Pitsanulok e Banguecoque.

A data para a repetição das eleições nos locais identificados só vai ser anunciada em meados de abril.

A Comissão Eleitoral informou também uma recontagem dos votos em dois centros da província de Khon Kaen.

Os partidos políticos já criticaram os atrasos na publicação dos resultados das eleições parlamentares.

Desde o dia das eleições, as primeiras desde o golpe de Estado de 2014, a Comissão Eleitoral tem adiado várias vezes o anúncio dos resultados preliminares o que tem provocado o protesto de milhares de pessoas que pedem a demissão dos membros do organismo.

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