Não Corte o Futuro. Aeroportos recebem campanha contra mutilação genital
A campanha "Não Corte o Futuro" é hoje lançada pelo Governo com o objetivo de alertar para as consequências da mutilação genital feminina, no bem-estar de meninas e mulheres, onde se incluem repercussões ao nível da saúde física e psicológica.
© Reuters
Mundo Iniciativa
Esta campanha é lançada nos aeroportos de Faro, Lisboa e Porto e, segundo um comunicado do gabinete da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, dá continuidade ao trabalho do Governo com organizações e profissionais para a erradicação da Mutilação Genital Feminina (MGF).
"A prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas, nomeadamente a MGF e os casamentos infantis, precoces e forçados é um dos objetivos estratégicos do Plano de Ação para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e à Violência Doméstica, que integra a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação 2018-2030 -- Portugal + Igual", sublinha o Governo.
A campanha, que estará nos aeroportos nacionais até ao dia 21 de abril, durante o período de férias escolares da Páscoa, época considerada de particular risco, é promovida pela secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e pelo Alto Comissariado para as Migrações, em parceria com dez organizações da sociedade civil.
Os parceiros da sociedade civil são a Associação Corações com Coroa, Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa; AJPAS -- Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e de Saúde, Associação dos Filhos e Amigos de Farim, Associação Mulheres Sem Fronteiras, Associação para o Planeamento da Família, INMUNE -- Instituto da Mulher Negra em Portugal, P&D Factor -- Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento, União das Mulheres Alternativa e Resposta, e o Comité Nacional para o Abandono de Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança, da Guiné-Bissau.
O grafismo foi concebido pela designer Neusa Trovoada, do INMUNE -- Instituto da Mulher Negra em Portugal.
A MGF é uma violação dos Direitos Humanos baseada na desigualdade de género, limitando a autodeterminação de meninas e mulheres e privando-as do seu direito à integridade física e psicológica. A MGF, assim como os atos preparatórios, são crime de acordo com o Código Penal em Portugal.
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