Senado mexicano rejeita fecho da fronteira e expressões de Trump
O Senado mexicano rejeitou hoje as ameaças do Presidente dos Estados Unidos de fechar a fronteira, bem como as expressões de Donald Trump, que já no passado incitaram a atitudes xenófobas, "crimes de ódio" e discriminação contra a comunidade hispânica.
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Mundo Discriminação
O Senado sublinhou que tais expressões "degradam a histórica amizade" que tem caracterizado a relação bilateral e ignoram o espírito de cooperação que tem sido demonstrado pelo Estado mexicano para encontrar soluções para os problemas entre ambos os países.
"Nos últimos dias, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu diversas declarações, tanto nas redes sociais oficiais como nos meios de comunicação, nas quais acusa e desqualifica tanto o Governo do México e os mexicanos, como a comunidade migrante, e ameaça com o encerramento da fronteira que ambos os países partilham", lê-se na carta do presidente da Junta de Coordenação Política do Senado, Ricardo Monreal.
"É importante destacar que expressões semelhantes feitas no passado incitaram a atitudes xenófobas e deu azo a crimes de ódio e discriminação contra a comunidade hispânica nos Estados Unidos", defendeu o senador.
Ricardo Monreal escreve que "construir um muro e fechar a fronteira entre ambas as nações implica um prejuízo para a comunidade nacional que reside no México e nos Estados Unidos e debilita a importante relação comercial que existe entre ambos os países".
O senador salientou que, "em resposta a essa posição de agravo, o Senado da República apresenta um formal e enérgico protesto e repudia as expressões proferidas pelo Presidente Trump [republicano]".
Monreal disse que a carta, enviada hoje, aos líderes da maioria republicana e minoria democrata, Mitch McConnell e Chuck Schumer, respetivamente.
"O Senado será sempre responsável pelos esforços para formular e criar os instrumentos que permitam uma política migratória que dignifique a nossa região, que promova o respeito pelos direitos humanos e que propicie fluxos migratórios de forma ordenada e regular", destacou a carta.
Hoje, o Presidente norte-americano afirmou que está preparado "a 100%" para fechar a fronteira com o México, reconhecendo que a sua decisão poderia ter consequências "negativas" para a economia do país.
Horas depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, descartou o encerramento total desta importante fronteira.
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