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Radares franceses quase todos destruídos. Mais mortes na estrada

Atos de vandalismo aumentaram com o aparecimento dos Coletes Amarelos. Estima-se que cerca de 60% dos radares estejam danificados.

Radares franceses quase todos destruídos. Mais mortes na estrada
Notícias ao Minuto

22:13 - 01/04/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo França

Os radares têm sido o alvo primordial, em França, da indignação dos motoristas e motociclistas que se opõem à redução, de 90 para 80 quilómetros por hora, do limite de velocidade nas estradas secundárias de duas vias sem um separador central, que entrou em vigor em 1 de julho de 2018.

Porém, a situação agravou-se com o início dos protestos dos Coletes Amarelos. O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, havia indicado em janeiro deste ano que cerca de 60% dos radares rodoviários foram destruídos ou danificados desde o início do movimento dos Coletes Amarelos.

Estes atos de vandalismo tiveram já consequências ao nível da segurança nas estradas, com um aumento da sinistralidade rodoviária (mais 17% de mortes). “Não há política de números, existe uma política de vida”, afirmou o ministro do Interior, qualificando aqueles que atacam os radares como “tolos, inconscientes, incoerentes”.

Segundo dados oficiais, cerca de 3.200 radares fixos estão instalados nas estradas da França, incluindo 2.500 para controlar a velocidade.

Para além da segurança, porém, estes atos deixarão um buraco de 660 milhões de euros nos cofres do estado francês, ao longo de dois anos, segundo dados apurados pelo jornal francês Les Echos.

O mesmo jornal fala numa perda estimada de 209 milhões de euros em 2018, face a um valor projetado em multas por excesso de velocidade, e mais 455 milhões este ano. Este valor não inclui reparações ou substituições efetuadas aos aparelhos danificados.

Sublinhe-se que as sanções para quem provoque danos em radares podem ir até 30 mil euros de multa e dois anos de prisão. A destruição é punível com multa de 75 mil euros e cinco anos de prisão.

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