Piloto que transportava Sala não podia voar à noite. Era daltónico
Mas esta não era a única regra que o piloto estava a infringir.
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Mundo Estados Unidos
Passaram pouco mais de dois meses desde o acidente aéreo fatal que tirou a vida ao argentino Emiliano Sala e as mais recentes investigações concluíram que o piloto, David Ibbotson, seria daltónico, estando por isso limitado a realizar viagens durante o dia, reporta a BBC.
O avançado de 28 anos, recorde-se, morreu quando o voo em que seguia o transportava entre Nantes e Cardiff, no final do dia 21 de janeiro.
Questionada pelo meio de comunicação, a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido preferiu não comentar o assunto. Já as autoridades que regulam a aviação confirmaram que Ibbotson, de Crowle, North Lincolnshire, não possuía "classificação noturna" na sua licença de piloto privado do Reino Unido.
A licença emitida pelo Reino Unido proibia também David Ibbotson de pilotar a aeronave Piper Malibu na Europa. Porém, a sua licença americana permitia-o.
Um especialista garantiu à BBC que a habilidade para distinguir entre verde e vermelho "era a chave para pilotar à noite". Pese embora a licença americana se sobrepusesse à do Reino Unido, neste aspeto a restrição "deveria manter-se".
As regras da aviação europeia definem a noite como "o tempo de meia hora após o pôr do sol até meia hora antes do nascer do sol". E o registo do voo programado para transportar Sala estava previsto partir de Nantes às 21h, hora local, no dia 21 de janeiro. O voo acabou por ser antecipado para as 19h, a pedido do atleta. Pelas 19h, o sol já se tinha posto há 10 minutos. A especulação relativa ao cumprimento das normas por parte do voo em questão tem-se concentrado nas restrições relativas a pilotos privados.
Com efeito, e para além da questão do daltonismo, como piloto privado, Ibbotson, de 59 anos, não podia transportar passageiros por remuneração ou recompensa financeira. Um relatório preliminar, divulgado em fevereiro, revelou que o piloto só poderia transportar passageiros com base no custo partilhado. Ou seja, Sala e o piloto poderiam apenas viajar naquele voo se ambos tivessem interesse em realizar a viagem, e não numa ótica comercial.
Refira-se que, por exemplo na Europa, os pilotos são sujeitos a rigorosos testes para apurar se estes conseguem distinguir as cores.
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