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Governo de Nicolás Maduro acusa União Europeia de ser parcial

O Governo venezuelano acusou hoje o União Europeia (UE) de ser parcial ao questionar a atuação dos organismos do país para combater crimes de legitimação de capitais e financiamento do terrorismo.

Governo de Nicolás Maduro acusa União Europeia de ser parcial
Notícias ao Minuto

23:58 - 29/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Em causa está uma declaração emitida na quinta-feira, em que a UE condena a "decisão ilegal" das autoridades da Venezuela de impedir o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de exercer cargos públicos durante um período de 15 anos.

A Venezuela condena de maneira "firme" as declarações da Alta Representante da UE, Federica Mogherini, sobre "as atuações realizadas pela Controladoria-Geral da República no exercício das suas competências constitucionais, no quadro dos compromissos assumidos pelo Estado venezuelano em matéria de luta contra a corrupção".

As atuações foram, também, "no cumprimento das normas internacionais para a prevenção de crimes de legitimação de capitais e financiamento do terrorismo", explica um comunicado divulgado em Caracas pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano.

"A parcialidade da Alta Representante põe em causa a sua fiabilidade na busca de um processo pacífico de diálogo na Venezuela, evidenciando uma parcialização própria de quem propicia um conflito e não o entendimento necessário que deve prevalecer entre os atores políticos venezuelanos", considera o ministério.

O documento sublinha que, "a esse respeito, o Governo bolivariano faz pedido às instituições da União Europeia para que adotem uma posição de equilíbrio construtivo que contribua para um clima favorável à geração de confiança entre as partes".

"[O] Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, manter-se-á firme no seu compromisso com o diálogo político como um mecanismo para garantir a paz e o caminho ao desenvolvimento estável da Venezuela, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis da República", conclui.

A UE condenou na quinta-feira a "decisão ilegal" das autoridades da Venezuela de impedir o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de exercer cargos públicos durante um período de 15 anos.

"A UE condena veementemente a recente decisão ilegal da Controladoria-Geral da República (CGR) de desqualificar o presidente da Assembleia Nacional [parlamento], Juan Guaidó, de ocupar cargos públicos durante 15 anos", referiu uma nota informativa do bloco comunitário, atribuída à chefe da diplomacia europeia, a italiana Federica Mogherini.

O presidente do parlamento venezuelano e também autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, passou a estar, desde quinta-feira, impedido legalmente de exercer qualquer cargo público, durante 15 anos, por decisão da CGR.

Segundo o controlador-geral da Venezuela, Elvis Amoro, há suspeitas de que Juan Guaidó "ocultou ou falseou" dados da sua declaração de património e recebeu dinheiro de instâncias internacionais e nacionais sem justificar.

Numa conferência de imprensa em Caracas, o controlador-geral sustentou que Guaidó "tem usurpado funções públicas e cometido ações com governos estrangeiros que prejudicam o povo da Venezuela e o seu património público" e que atentam contra "a estabilidade democrática e a ordem constitucional da República".

A Venezuela encontra-se mergulhada numa crise económica, social e política que se agudizou no início deste ano, quando, em 10 de janeiro, Nicolás Maduro tomou posse como Presidente da Venezuela, para cumprir um segundo mandato de seis anos, após umas eleições não reconhecidas pela oposição e pela maior parte da comunidade internacional.

No mesmo mês, o presidente do parlamento venezuelano e líder da oposição, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino do país, com a intenção de, a breve trecho, convocar "eleições livres e transparentes".

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