As imagens do incêndio de Grenfell que matou 72 pessoas correram mundo, em junho de 2017. Quase dois anos depois, porém, são as notícias de fraudes que fazem correr tinta sobre a tragédia vivida em Londres.
Esta quinta-feira, Moses Ettiene, de 49 anos de idade, tornou-se a mais recente pessoa a ser condenada por fraude.
Moses Ettiene morou de facto na torre, até 2014. Mas acabou por se mudar anos antes do incêndio, o que ainda assim não o impediu de surgir como vítima, na noite do incêndio, no centro que recebeu residentes que ficaram desalojados.
Moses chegou a apresentar documentos para ter direito a apoio financeiro. Mas a sua história não era bem com oo próprio contava.
Com o tempo, acumulou despesas na ordem das 50 mil libras, boa parte fruto de ter estado a viver durante 325 dias num hotel de quatro estrelas.
Quando foi detido, em setembro de 2018, estava a acabar de aterrar em Londres , vindo de férias em Granada.
Às autoridades, já quando estava sob investigação, nunca conseguiu provar que vivia no prédio na altura da tragédia.
Num primeiro momento, deu uma morada com um número que não existia. Perante a insistência das autoridades, chegou a afirmar que não podia dar a morada do apartamento onde vivia por razões de segurança, dado que trabalhava com governos estrangeiros na área de energias renováveis. Afirmava que tinha documentos 'top secret' em casa e dizia até que teria direito a imunidade diplomática.
Não era o caso.
Através do telemóvel, as autoridades conseguiram confirmar que Moses não esteve sequer em Grenfell nas cinco noites que antecederam o incêndio.
Acabou agora condenado a uma pena de cinco anos de cadeia, em mais um caso de fraude envolvendo a a tragédia da torre de Grenfell.