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Sergei Lavrov acusa Washington de tentativa de "golpe de Estado"

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, acusou hoje os Estados Unidos de tentarem organizar um "golpe de Estado" para derrubar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sem dar explicações sobre a chegada de militares russos a Caracas no domingo.

Sergei Lavrov acusa Washington de tentativa de "golpe de Estado"
Notícias ao Minuto

18:16 - 25/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia referiu que Sergei Lavrov "sublinhou que as tentativas de Washington em organizar um golpe de Estado na Venezuela e as ameaças" dirigidas ao Governo legal "constituem violações da Carta da ONU [Nações Unidas] e uma interferência não dissimulada nos assuntos internos de um Estado soberano".

Por seu turno, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, alertou hoje o homólogo russo que os Estados Unidos não ficarão "de braços cruzados" se a Rússia continuar a "exacerbar as tensões na Venezuela".

"O secretário de Estado disse ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, [Sergei] Lavrov, que nem os Estados Unidos nem os países da região ficarão de braços cruzados enquanto a Rússia exacerba as tensões na Venezuela", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Robert Palladino, num comunicado emitido após uma conversa telefónica entre os dois governantes.

Durante o telefonema, Pompeo disse a Lavrov que "a intrusão persistente de pessoal militar russo para apoiar o regime ilegítimo de Nicolás Maduro na Venezuela poderá fazer prolongar o sofrimento do povo venezuelano, que apoia de maneira esmagadora o Presidente interino Juan Guaidó", reconhecido pelos EUA e por mais de cinquenta outros países, acrescenta o comunicado.

Dois aviões militares russos aterraram no domingo no aeroporto internacional de Maiquetía, o principal da Venezuela e que serve Caracas, informaram meios de comunicação social locais e um deputado da oposição ao regime.

Segundo o diário El Nacional, quase uma centena de militares russos chegaram ao país, com 35 toneladas de material não especificado, sob o comando do major general Vasilly Tonkoshkurov.

O motivo da visita não foi revelado, mas Caracas e Moscovo tinham anunciado em dezembro que ativariam grupos de trabalho conjuntos para elevar a capacidade de defesa da Venezuela perante eventuais ataques.

A Rússia é um dos principais aliados de Nicolás Maduro, enquanto os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela após a sua autoproclamação a 23 de janeiro.

Cerca de 50 países, incluindo a maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, seguiram a decisão norte-americana e reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela encarregado de organizar eleições livres e transparentes naquele país.

No país, que vive uma grave crise política, económica e humanitária, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

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