Autoridades norueguesas vão investigar incidente com cruzeiro

As autoridades norueguesas abriram uma investigação para saber porque é que um navio de cruzeiro com mais de 1.370 pessoas se fez ao mar apesar dos avisos de tempestade, obrigando a organizar um resgate de emergência.

Autoridades norueguesas vão investigar incidente com cruzeiro

© Reuters

Lusa
25/03/2019 15:10 ‧ 25/03/2019 por Lusa

Mundo

Resgate

"O grande risco a que o navio, os seus passageiros e a tripulação foram expostos levou-nos a decidir investigar o incidente", anunciou hoje um dos membros da Equipa de Investigação de Acidentes da Noruega.

Segundo o mesmo responsável, os investigadores já partiram para Molde, a região onde aconteceu o incidente, mas ainda não é possível especular sobre as razões que terão levado o capitão do navio a decidir fazer-se ao mar para Stavanger apesar de ter recebido alertas de mau tempo.

Um oficial da polícia da província de Moere (onde se situa Molde) admitiu não existirem suspeitas de crime, mas as autoridades policiais também abriram uma investigação para perceber porque é que o transatlântico teve problemas nos motores. A conclusão dessa investigação fará parte do relatório da Equipa de Investigação de Acidentes.

O incidente aconteceu no sábado, quando o 'Viking Sky', onde viajavam mais de 1.370 pessoas, enviou um pedido de socorro indicando ter problemas nos motores e estar a debater-se com uma situação de mau tempo.

As autoridades norueguesas ativaram de imediato uma operação de resgate, enviando vários helicópteros e barcos para a área e montando um centro de apoio num pavilhão desportivo perto da costa para receber os passageiros que iam sendo resgatados.

Segundo as informações hoje divulgadas, das 17 pessoas que foram hospitalizadas, uma pessoa ainda está nos cuidados intensivos em estado crítico embora estável, e outras oito continuam a ser medicamente seguidas.

O resgate dos passageiros ocorreu em condições difíceis com rajadas de vento de até 70 quilómetros/hora e ondas de mais de oito metros.

Fotos e imagens colocadas nas redes sociais mostram a situação dentro do navio durante alguns momentos, com mobiliário a deslizar numa das salas do cruzeiro, batendo violentamente nas paredes.

Segundo a polícia, temendo que o navio encalhasse, a tripulação decidiu ancorar na baía de Hustadvika para que os resgates pudessem acontecer.

O oficial da guarda costeira, Emil Heggelund, estimou ao jornal VG que o navio estava a 100 metros (328 pés) das rochas.

O navio fazia o percurso das cidades e vilas norueguesas de Narvik, Alta, Tromso, Bodo e Stavanger antes da chegada prevista na terça-feira ao porto britânico de Tilbury, no rio Tamisa.

Os passageiros eram, na sua maioria, americanos, britânicos, canadianos, neozelandeses e australianos.

O 'Viking Sky', uma embarcação com uma tonelagem bruta de 47.800, foi entregue em 2017 ao operador Viking Ocean Cruises.

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