Ataque Christchurch: Gangue neozelandês vai deixar cair expressão nazi
O gangue juntou-se a outros que já se ofereceram para protegerem mesquitas num gesto solidário com a comunidade muçulmana.
© Getty Images
Mundo Mongrel Mob
A principal secção do gangue Mongrel Mob, uma das organizações criminosas mais temidas na Nova Zelândia, anunciou que vai deixar de utilizar uma expressão nazi como o seu grito de guerra. Também vai deixar de usar insígnias e símbolos nazis. De acordo com a Newsweek, a decisão foi tomada na sequência do ataque a duas mesquitas em Christchurch que fez 50 mortos. O autor do ataque foi um supremacista branco.
Paito Fatu, o líder da principal secção do Mongrel Mob, pediu para que em vez do grito “Sieg Heil!” (Salve a vitória), optassem por gritar “Mongrel Mob”. O gangue sempre defendeu que o uso de símbolos nazis não era anti-semita mas sim anti-sistema.
“Olho para este momento como um momento para sarar. Quando penso na forma como o usámos, era para nos rebelarmos contra o sistema, contra qualquer coisa que o sistema visse como mau. Adotámos alguns desses simbolismos e essa foi a nossa forma de mostrarmos o dedo do meio ao sistema”, explicou Paito Fatu.
O gangue também decidiu seguir o exemplo de outros gangues neozelandeses, como o Black Power, os King Cobras e os Hells Angels, que ofereceram proteção às mesquitas do país numa demonstração de solidariedade com a comunidade muçulmana.
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