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Mueller "não descobriu" conspiração entre Trump e a Rússia

O resumo do relatório foi entregue este domingo no Congresso.

Mueller "não descobriu" conspiração entre Trump e a Rússia
Notícias ao Minuto

19:53 - 24/03/19 por Filipa Matias Pereira

Mundo Relatório

Uma carta sobre o relatório do advogado especial Robert Mueller foi enviada ao Congresso este domingo e concluiu que Mueller não descobriu, na campanha de Trump ou nos seus associados, provas de conspiração com a Rússia nas eleições de 2016. 

"A investigação do Conselho Especial não descobriu que a campanha de Trump ou qualquer pessoa associada a ela tivesse conspirado com a Rússia ou desenvolvido esforços para influenciar a eleição presidencial dos EUA em 2016", pode ler-se no relatório, citado pela CNN.

Para cada uma das ações relevantes de Trump que o conselheiro especial examinou, “o relatório mostra evidências de ambos os lados da questão e deixa sem solução o que o Conselho Especial considera como 'questões difíceis' de lei e facto", nomeadamente se as ações de Trump podem ser vistas como obstrução.  

O procurador geral William P. Barr., responsável pelo resumo de quatro páginas do relatório de Mueller, revelou que a investigação mostra uma "avaliação mista" sobre a questão da obstrução da justiça. "O Conselho Especial declara que, embora este relatório não conclua que o presidente cometeu um crime, também não o exonera'", escreveu. 

Em causa podem estar as pressões verbais que Trump exerceu sobre o então secretário da Justiça, Jeff Sessions, e o seu adjunto, Rod Rosenstein, ou ainda por ter demitido o então diretor da polícia federal (FBI), James Comey, em maio de 2017.

Já Trump, indica o New York Times, que aguardou na sua propriedade na Flórida que o resumo do relatório fosse entregue, defendeu junto dos seus apoiantes que foi vítima de uma tentativa de "golpe". 

Ainda de acordo com este meio de comunicação, o Conselho Especial tinha ao seu dispor uma série de recursos. A equipa que levou a cargo esta investigação era formada por 40 agentes do FBI, analistas, investigadores forenses e outros funcionários. 

Desde a sua nomeação em maio de 2017, a equipa de Muller emitiu mais de 2.800 intimações, executou quase 500 mandados de busca e inquiriu cerca de 500 testemunhas. Para além disso, fez também pedidos a 13 governos estrangeiros para que fossem fornecidas evidências. 

Saliente-se ainda que a investigação de 22 meses levou a acusações contra 37 réus, que incluíam seis associados Trump, 26 russos e três empresas russas. Sete acusados declararam-se culpados e um deles, o ex-presidente da campanha de Trump, Paul Manafort, foi condenado em sede de julgamento.

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