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UE já recebeu ofertas de assistência a Moçambique de sete Estados-membros

O Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da Comissão Europeia já recebeu ofertas de assistência de sete Estados-membros, entre os quais Portugal, para ajudar Moçambique na sequência da devastação provocada pelo ciclone Idai, anunciou hoje o executivo comunitário.

UE já recebeu ofertas de assistência a Moçambique de sete Estados-membros
Notícias ao Minuto

13:57 - 22/03/19 por Lusa

Mundo Ciclone Idai

Na sequência de um pedido de ajuda de Moçambique, o Mecanismo de Proteção Civil da UE foi ativado e, "numa resposta imediata, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da Comissão já recebeu ofertas de assistência por parte da Alemanha, Dinamarca, Luxemburgo, Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido, através do mecanismo", indica hoje a Comissão Europeia.

O executivo comunitário precisa que "a assistência oferecida inclui equipamento de purificação de água, equipas de emergência médica, equipamentos de abrigo e tendas, 'kits' de higiene, alimentação, colchões e telecomunicações por satélite para trabalhadores humanitários no terreno".

"Além disso, uma equipa de 10 especialistas de sete Estados-membros (Alemanha, Finlândia, Holanda, Portugal, Roménia, Suécia e Eslovénia) será enviada para Moçambique, para ajudar com questões logísticas e aconselhamento", aponta a Comissão, lembrando que "esta assistência adicional acresce à ajuda humanitária da UE de 3,5 milhões de euros" anteriormente anunciada para Moçambique, Maláui e Zimbabué.

"Moçambique não está sozinho nestes tempos difíceis. Mais ajuda da UE está a caminho. Estamos a trabalhar 24 sobre 24 horas, sete dias por semana, para fazer chegar bens essenciais e salvar vidas. Também estamos a enviar especialistas humanitários da UE para as áreas afetadas, para coordenar a nossa assistência. Agradeço aos Estados-membros pelo seu apoio generoso. Isto é a solidariedade da UE em ação", declarou o comissário para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides.

Este anúncio ocorre um dia depois de o primeiro-ministro português se reunir, em Bruxelas, com a Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini, num encontro no qual António Costa sublinhou a necessidade de a União dar todo o apoio possível a Moçambique.

No final do encontro, Mogherini garantiu que a UE estará totalmente mobilizada para ajudar Moçambique "a recuperar desta tragédia terrível", e sublinhou que a primeira ajuda destinada pela UE ao país, de dois milhões de euros (do pacote de 3,5 milhões de euros aos três países mais afetados), foi apenas isso mesmo, "um primeiro apoio de emergência".

"Moçambique tem de saber que a UE e eu pessoalmente, nós pessoalmente, estaremos totalmente mobilizados para os acompanhar passo a passo e para ajudar o país a recuperar desta tragédia terrível, terrível (...). Estamos lá para os apoiar com toda a nossa energia e com todos os nossos recursos, também de uma forma coordenada com os Estados-membros. E quero agradecer a Portugal pelo que já tem feito", declarou.

O balanço provisório da passagem do ciclone Idai é de 557 mortos, dos quais 242 em Moçambique, 259 no Zimbabué e 56 no Maláui.

O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.

A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março, e a ONU alertou que 400.000 pessoas desalojadas necessitam de ajuda urgente, avaliada em mais de 40 milhões de dólares (mais de 35 milhões de euros).

Mais de uma semana depois da tempestade, milhares de pessoas continuam à espera de socorro em áreas atingidas por ventos superiores a 170 quilómetros por hora, chuvas fortes e cheias, que deixaram um rasto de destruição em cidades, aldeias e campos agrícolas.

As organizações envolvidas nas operações de socorro e assistência humanitária têm alertado para o perigo do surto de doenças contagiosas.

Portugal é um dos países que enviaram técnicos e ajuda para Moçambique, com dois aviões C-130 da Força Aérea a caminho da Beira e um terceiro, um avião comercial fretado, com partida prevista para hoje, seguindo-se um outro voo na segunda-feira, fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa.

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