Pompeo rompe diplomacia ao visitar Muro das Lamentações com Netanyahu
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deverá visitar hoje o Muro das Lamentações em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rompendo assim com a tradição diplomática.
© Reuters
Mundo Jerusalém
Pompeo disse que considera importante e simbólico deslocar-se com Netanyahu ao local de oração mais sagrado para os judeus, mas responsáveis dos Estados Unidos que visitaram o local anteriormente, incluindo o presidente Donald Trump, nunca o fizeram acompanhados de um líder do Estado hebreu.
O Muro das Lamentações encontra-se em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e posteriormente anexada. O Estado hebreu considera toda a cidade de Jerusalém como a sua capital "indivisível", enquanto os palestinianos reivindicam a zona leste como a capital de um futuro Estado.
A comunidade internacional considera ilegal a anexação de Jerusalém Oriental e descreve o setor como território ocupado.
Pompeo, que antes de Israel esteve no Kuwait, desloca-se depois ao Líbano, esperando utilizar esta sua primeira visita ao país para aumentar a pressão sobre o Irão e o seu aliado libanês, o movimento xiita Hezbollah.
O chefe da diplomacia norte-americana vai encontrar-se na sexta-feira com o presidente libanês, Michel Aoun, com o presidente do parlamento, Nabih Berri, com o primeiro-ministro, Saad Hariri, e com o seu homólogo, Gebran Bassil.
"Vamos passar muito tempo a falar com o governo libanês sobre como o podemos ajudar a afastar-se da ameaça que o Irão e o Hezbollah representam para ele", disse Pompeo aos jornalistas esta semana.
Isolar o Hezbollah, no entanto, pode revelar-se difícil, refere a agência norte-americana Associated Press, adiantando que o poder militar do movimento xiita supera o das forças armadas libanesas e que a formação e os seus aliados controlam a maioria dos lugares no parlamento e no governo do Líbano.
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