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Cerca de 400 religiosos dos EUA acusados de abuso sexual de menores

Cerca de 400 sacerdotes e funcionários da igreja de Illinois, nos Estados Unidos, foram acusados de abuso sexual, de acordo com um relatório divulgado por advogados que representam as vítimas.

Cerca de 400 religiosos dos EUA acusados de abuso sexual de menores
Notícias ao Minuto

13:22 - 21/03/19 por Lusa

Mundo Vaticano

Em conferência de imprensa, o advogado Mark Pearlman disse na quarta-feira que é a primeira vez que uma lista tão completa foi compilada com 185 páginas com antecedentes e histórico dos acusados.

As informações foram extraídas a partir dos dados preliminares obtidos numa investigação realizada em 2018 pela então procuradora de Illinois, Lisa Madigan, que analisou 690 denúncias "credíveis" na arquidiocese de Chicago e nas dioceses de Belleville, Joliet, Peoria, Rockfort e Springfield, todos eles em Illinois.

A pesquisa concluiu que o problema do abuso sexual de menores cometido por sacerdotes era mais extenso do que o reportado pela diocese de Illinois, que "subestimou e não investigou as denuncias dos sobreviventes", disse Pearlman que defende a divulgação dos nomes.

"Os dados revelam o número horrendo de padres que abusaram de menores ao longo dos tempos", refere o relatório intitulado The Anderson Report.

Segundo o relatório, o mais chocante é que alguns dos autores desses abusos foram intencionalmente transferidos e mantidos em posições de confiança com acesso direto às crianças, mesmo depois de se saber que tinham abusado de crianças.

O relatório estima que poderá ter havido centenas de predadores sexuais nas dioceses e ordens religiosas de Illinois, cujas identidades nunca foram reveladas publicamente.

Numa declaração sobre o relatório, a arquidiocese de Chicago disse que o relatório mistura nomes de pessoas que foram acusadas, mas que podem ser inocentes.

John O'Malley, assessor especial da arquidiocese de Chicago disse, na quarta-feira à imprensa local, que a igreja tem informado a polícia de todas as denúncias desde 1992, quando o então cardeal Joseph Bernardin chefiou uma comissão sobre o escândalo do abuso.

"Se as autoridades públicas decidirem não processar, ou não puderem processar, então nós temos o nosso próprio processo de investigação", disse O'Malley.

Segundo o assessor, a arquidiocese publicou as denúncias reportadas e a descrição dos casos desde 2006 no seu site.

O sucessor de Lisa Madigan na Procuradoria-Geral, Kwame Raoul, disse quando tomou posse em janeiro que continua comprometido com a continuidade da pesquisa, mas o seu gabinete não divulgou mais informações sobre as denúncias.

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