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Caracas condena "declarações perigosas" de Trump e Bolsonaro

O governo venezuelano condenou hoje as "declarações perigosas" dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro, e manifestou-se preocupado pela influência norte-americana sobre o dirigente brasileiro.

Caracas condena "declarações perigosas" de Trump e Bolsonaro
Notícias ao Minuto

17:51 - 20/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"O governo da República Bolivariana da Venezuela manifesta a sua contundente condenação pelas declarações perigosas dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro", lê-se num comunicado divulgado em Caracas.

O documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, sublinha que ser "grotesco ver dois chefes de Estado com responsabilidades internacionais conjuntas, fazerem apologia de guerra sem qualquer distensão, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas".

"A influência belicista norte-americana sobre o Brasil e as teses supremacistas de Donald Trump sobre Jair Bolsonaro são muito preocupantes. Os dois presidentes, sem dúvida, refletem as ideias mais retrógradas para os povos da região, assim como para a paz e a segurança mundial", acrescenta.

O documento sublinha ainda que a Venezuela "eleva a sua denúncia" perante o que designa como "ameaça à paz e à segurança internacional ao mesmo tempo que apela a todos os povos do mundo que estejam alerta perante as pretensões de pôr a Amazónia sul-americana ao alcance de potências militares fora da região".

O presidente norte-americano, Donald Trump, apelou terça-feira em Washington aos militares venezuelanos que deixem de apoiar o regime de Nicolás Maduro, afirmando que este é "uma marioneta de Cuba".

"Pedimos aos militares venezuelanos que acabem com o seu apoio a Maduro, que não passa de uma marioneta de Cuba, e que libertem o seu povo", disse o governante dos EUA numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

Questionado por jornalistas acerca de prazos para a resolução da crise venezuelana, Trump afirmou que "em algum ponto as coisas vão mudar" e que poderá ainda aplicar duras sanções.

"Podemos ser muito mais duros se nós quisermos. Não queremos nada além de cuidar dos venezuelanos que estão a passar fome a morrer nas ruas", declarou o presidente dos Estados Unidos.

Também Jair Bolsonaro se manifestou acerca da situação na Venezuela, afirmando que, em conjunto com os Estados Unidos, pretende levar a liberdade e democracia àquele país.

"O Brasil estará a postos para cumprir a missão de levar a liberdade e a democracia para aquele país que há pouco [tempo] era um dos mais ricos da América do Sul e hoje o seu povo passa fome, sofre com a violência e com falta de medicamentos. É uma coisa terrível que acontece lá. Temos que unir esforços para colocar um ponto final nesta questão que é ultrajante para todos", frisou.

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