Famosa ópera italiana devolve investimento saudita depois das críticas
O acordo entre o La Scala e a Arábia Saudita gerou revolta. Em causa o homicídio de Jamal Khashoggi e o registo do reino no que diz respeito aos direitos humanos.
© Reuters
Mundo La Scala
A conhecida ópera italiana La Scala tinha chegado a um acordo com a Arábia Saudita para uma parceria que resultaria no investimento de 15 milhões de euros por parte de Riade na La Scala para os próximos cinco anos. O ministro da Cultura saudita teria direito a um lugar na administração da ópera, mas o acordo gerou uma onda de críticas em Itália.
Segundo a BBC, a polémica em torno desta parceria levou a La Scala a recuar e a anunciar que vai devolver os primeiros três milhões que já teria recebido.
As críticas surgiram de grupos de direitos humanos que não esquecem o envolvimento da Arábia Saudita no homicídio do jornalista Jamal Khashoggi e outras violações de direitos humanos cometidas pelo reino.
Mas o acordo também não caiu bem entre os políticos italianos. “Decidimos unanimemente devolver o dinheiro”, afirmou o presidente da Câmara de Milão, que também é o presidente da ópera. “Vamos ver se há outras oportunidades para colaboração”.
O ministro do Interior e líder da Liga do Norte, Matteo Salvini, chegou a pedir à ópera para rejeitar o acordo.
Riade insiste que o homicídio de Jamal Khashoggi foi cometido por agentes sauditas que agiram por conta própria e negam as acusações de que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, tenha ordenado o assassinato do jornalista.
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