Colégios católicos espanhóis criam protocolo para casos de abusos
A organização Escolas Católicas, que integra 2.000 estabelecimentos de ensino em Espanha, desenvolveu um protocolo para agir em casos de suspeita de abuso de crianças em escolas ou instituições religiosas.
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Mundo Organização
O objetivo do protocolo é proteger os estudantes mais jovens de situações de abuso ou maus-tratos.
O vice-secretário-geral das Escolas Católicas, Luis Centeno, disse à agência EFE que este manual de atuação foi enviado aos diretores de todas as escolas dependentes desta organização e que a iniciativa surge na sequência da cimeira convocada pelo papa para abordar a questão do abuso infantil dentro da Igreja Católica.
"Depois da reunião (em fevereiro) e enquanto esperamos que a Conferência Episcopal Espanhola divulgue um documento mais abrangente, sentimo-nos na obrigação de ter um protocolo que resuma os passos que aconselhamos aos nossos diretores desde 2016", explicou.
O documento insta os que tenham observado indícios ou tenham recebido uma denuncia a comunicar "o mais cedo possível" aos seus superiores.
É ainda recomendada uma investigação interna para analisar as acusações feitas, o alcance e as consequências, respeitando a vontade das eventuais vítimas e o direito da presunção de inocência.
Se houver indícios de abuso de um menor, o caso deve ser reportado diretamente à justiça e, se não for possível, à Polícia Nacional e à Guarda Civil.
No caso de ser religioso ou sacerdote, a hierarquia eclesiástica também será informada de acordo com as normas canónicas.
"Os casos de abuso sexual de menores não devem ser silenciados, nem encobertos ou subestimados em nenhum caso", é referido no manual no qual é também recomendada a criação de um grupo de crise que em caso de abuso deve ser reforçado.
As escolas católicas são responsáveis por 15% do total do sistema educacional espanhol e 58% da educação privada recebendo 1,2 milhões de alunos.
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