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Trump ataca novamente John McCain no Twitter, meses após morte de senador

Um dos tweets mereceu resposta por parte de Meghan McCain, filha do antigo senador: "Nunca ninguém vai gostar de si da mesma maneira que gostavam do meu pai".

Trump ataca novamente John McCain no Twitter, meses após morte de senador
Notícias ao Minuto

17:22 - 17/03/19 por Pedro Filipe Pina

Mundo Presidentes

Donald Trump continua a fazer do Twitter a sua privilegiada plataforma de comunicação. Este fim de semana tem estado bastante ativo, voltando a temas que lhe são recorrentes: criticou a Google, a China, o Acordo de Paris, o muro e a imigração (que descreve como "emergência nacional"), chamou vigarista a Hillary Clinton, criticou o antecessor Barack Obama, o programa de humor 'Saturday Night Live' e a investigação do procurador especial do FBI Robert Mueller, sob o alegado envolvimento da Rússia nas eleições norte-americanas.

Mas o presidente dos Estados Unidos reservou ainda algumas palavras para aquela que foi, a dada altura, a mais destacada (e de certo modo isolada) voz crítica de Trump entre os republicanos: o senador John McCain.

John McCain, recorde-se, morreu a 25 de agosto do ano passado, após uma luta contra um tumor no cérebro.

Segundo a Rolling Stone, os tweets de Trump terão surgido na sequência de uma entrevista de Ken Starr, antigo conselheiro e procurador que liderou uma investigação a Bill Clinton, à Fox News.

Ken Starr foi entrevistado após terem começado a circular rumores de que teria sido McCain a divulgar um dossier sobre o alegado conluio entre Trump e a Rússia, uma informação que, para este entrevistado, seria uma "nódoa" na carreira do antigo senador.

No sábado, Trump reservou um primeiro tweet a McCain em que sugeria que o antigo senador tinha outras "nódoas" no curriculum, nomeadamente o 'polegar para baixo' - isto é, o voto negativo - de McCain, que foi decisivo para evitar o fim do plano de saúde nacional criado no tempo de Obama. O momento foi um dos mais marcantes na carreira do senador e aconteceu menos de um mês antes de morrer. 

Mas Trump não se ficou por aqui. Este domingo, voltou a criticar o falecido McCain, acusando-o de divulgar um dossier "falso" e de "trabalhar com os democratas".

Este segundo tweet mereceu a resposta da própria filha do antigo senador, Meghan McCain, que usou igualmente o Twitter para dizer: "Nunca ninguém vai gostar de si da mesma maneira que gostavam do meu pai... gostava de ter tido mais sábados com ele. Talvez devesse fazer o mesmo e passar mais sábados com a família em vez de no Twitter, obcecado com o meu pai", escreveu.

Saliente-se que Trump já contava com um histórico de críticas a McCain. O momento mais alto aconteceu ainda em 2015, numa altura em que começava ainda a caminhada vitoriosa que um ano depois lhe daria a vitória nas eleições. "Ele não é um herói de guerra", afirmou, o que lhe valeu bastas críticas, de republicanos a democratas.

John McCain era aviador no tempo da guerra norte-americana no Vietname. Esteve detido durante mais de quatro anos, onde foi alvo de torturas, na histórica cadeia de Hoa Lo, na capital vietnamita de Hanói. 

A cadeia em causa é, hoje em dia, um museu que recorda os prisioneiros norte-americanos que ali estiveram detidos - com uma visão, no mínimo, benévola, para as autoridades do Vietname - mas também os heróis do país que foram detidos e executados por se oporem aos colonizadores franceses. Na prisão de Hoa Lo há imagens de John McCain detido mas também da visita que fez, décadas depois, ao Vietname, numa altura em que a paz já pautava a relação entre os dois países.

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